Imagem do Cotidiano: ‘novos’ ou velhos, coletivos deixam população a pé

Usuários aguardam, com ansiedade, licitação do transporte urbano.

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Em mais uma giro pelas ruas de Maceió, a editoria ‘Imagens do Cotidiano’ flagrou nas imediações da Rua Engenheiro Mário de Gusmão, Pajuçara, um ônibus da Empresa Real Alagoas que fazia a linha Salvador Lyra/Iguatemi quebrado.

Seria a captura de uma cena comum na capital alagoana não fosse pelo detalhe de que ônibus é um dos que circulam pela cidade com a placa de ‘novo’. A fixação das placas é entendida pela maior parte da população como uma resposta velada dos empresários às constantes críticas dos usuários sobre as precárias condições em que atua o transporte urbano de Maceió, assim como ao Ministério Público que, conforme sua função, costuma dar pareceres favoráveis aos usuários.

Estudantes e a sociedade civil organizada brigam, junto ao MP, pela redução do preço da passagem, que teve aumento concedido pela justiça alagoana sob promessa de melhorias no setor. Os estudantes chegaram a levantar a hipótese de que os ônibus que circulam com as placas de novos, na verdade não seriam tão novos assim.

No dia 13 de setembro, o prefeito Cícero Almeida anunciou durante coletiva à imprensa que a licitação do transporte coletivo urbano seria – finalmente – realizada, conforme determinação do MP. As propostas deverão ser entregues até o dia 12 de novembro do corrente ano.

Segundo Almeida, a licitação também exigirá que a tarifa seja de R$ 2,10. Contudo, tal declaração se deu antes de os empresários ganharem na justiça o direito ao reajuste da passagem.

Novos ou não, o fato é que a população paga atuais R$ 2,30 para o uso de veículos superlotados, de itinerário limitado, com larga escala de tempo entre as saídas dos terminais e que, lamentavelmente, continuam quebrando.

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