O nível de consumidores endividados em Maceió apresentou redução no mês de outubro, registrando o percentual de 53,1%. No mês passado, o endividamento chegou a alcançar 60,6%. Mesmo sendo discreta, a redução de 7,5% faz com que o mês de outubro registre o melhor resultado dos últimos 12 meses. Essa é a constatação da pesquisa do Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD), realizada em parceria com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB).
Os dados apresentados pela pesquisa também apontam que os homens são a maioria entre os endividados, respondendo por 67,9% do total. Já a faixa etária que mais possui dívida é a de jovens adultos entre 25 e 34 anos. Quanto à escolaridade, a maior parte dos endividados (72,5%) tem nível fundamental e renda familiar menor que cinco salários mínimos (72,9%).
Se por um lado o nível de endividamento caiu, o de consumidores da capital com dívidas em atraso registrou alta de 4,6%, passado de 21,7%, em setembro, para 26,3%, este mês. Pessoas com idade igual ou superior a 35 anos compõem a faixa etária com maior número de dívidas em atraso (28,1%).
Para outubro, as melhores notícias são a queda do nível de comprometimento da renda com pagamento de dívidas e a diminuição da inadimplência. O percentual da renda gasta para pagar dívidas recuou quase pela metade, saindo de 47,9%, mês passado, para 27,9%, este mês; percentual favorável, pois o resultado ficou abaixo dos 30% da renda, nível considerado limite. Por sua vez, o índice de inadimplência caiu para 3,3%, registrando o segundo melhor resultado do ano de 2012.
De acordo com a pesquisa, a maior taxa de comprometimento da renda pode ser observada na faixa etária de 25 a 34 anos (44,2%). Quanto à renda familiar, a maior taxa de comprometimento possui rendimentos superiores a dez salários mínimos (43,8%).
Na análise do consultor econômico da Fecomércio/AL e professor de Economia da Ufal, Fábio Guedes, os dados da pesquisa são promissores para o comércio em relação às vendas do final de ano. Isto porque “até setembro os indicadores estavam numa tendência de crescimento muito desfavorável. Caso estes indicadores continuassem apontando alta na inadimplência, bem como a deterioração da capacidade de pagamento do consumidor, repercutiria negativamente na avaliação das relações de mercado”, observou.
Os cartões de crédito continuam liderando o maior percentual de consumidores endividados (89,6%), seguido dos carnês de lojas (34,3%), empréstimos pessoais (28,5%), financiamentos (14,2%) e cheque especial (4,4%).
As despesas mais impactantes nas dívidas dos consumidores foram: alimentação (53,7%); eletrodomésticos (26,2%), vestuário (26,%), tratamento de saúde (19,4%), aluguel residencial (18,6%), reforma residencial (13,5%), eletroeletrônicos (12,9%), móveis residenciais (7,7%), educação (6,9%) e seguros (5,5%). Segundo a pesquisa, a causa absoluta para elevação dos níveis de endividamento é o desequilíbrio financeiro (92,5%).
A pesquisa completa está disponível no endereço www.fecomercio-al.com.br/ifepd/