Mais uma denúncia de conduta inapropriada de militares alagoanos ganhou repercussão nacional. O desempregado morto na última terça-feira, 27, teria – segundo depoimento dos militares da guarnição do 1º BPM – resistido à abordagem e tomado a arma de um dos militares. Outro policial reagiu e efetuou um disparo, levando a vítima a óbito. Os militares prestaram depoimento na Central de Polícia.
A guarnição, no entanto, não contava que a mulher da vítima, identificada posteriormente como Genivaldo Quirino Alves, 30, negaria a versão. A mulher de China, como era conhecida a vítima, garante que os militares executaram seu companheiro com um tiro na nuca, quando esteve estava de joelhos, após sofrer várias agressões.
Genivaldo, que seria usuário de drogas e praticava pequenos furtos, era natural de Pernambuco e estava há poucos meses em Maceió. Em nota oficial enviada à imprensa ontem, a assessoria de comunicação da Polícia Militar confirmara a detenção dos militares ‘após o surgimento de fatos novos’.
Já o presidente do Conselho de Segurança, juiz Maurício Brêda, pediu a apuração rigorosa dos fatos. Ontem, a ocorrência ganhou repercussão na imprensa nacional. Também na tarde de ontem, a Associação de Cabos e Soldados (ACS) saiu em defesa dos militares acusados de tortura e disse que os Direitos Humanos estão invertendo os papéis, tratando o policial como bandido.