Israel disse neste domingo (2) que está congelando a transferência mensal de receitas fiscais para a Autoridade Palestina depois do reconhecimento implícito de um Estado palestino pela Organização das Nações Unidas na quinta-feira.
Sob negociações de paz interinas, que Israel alega terem sido violadas pelos palestinos em decorrência de uma busca unilateral de um upgrade de status na ONU, o país arrecada US$ 100 milhões mensais em impostos para a Autoridade Palestina.
Mas as autoridades israelenses disseram que a Autoridade Palestina deve cerca de US$ 200 milhões a uma empresa elétrica israelense, e o dinheiro agora será deduzido das transferências mensais.
O órgão de autoridade palestina, que enfrenta problemas financeiros e um comando limitado sobre a Cisjordânia ocupada, depende amplamente desse dinheiro mensal para pagar o funcionalismo público. Yasser Abed Rabbo, uma importante autoridade palestina, afirmou que os israelenses são culpados por "pirataria e roubo" ao travarem o repasse.
Israel já tinha congelado anteriormente os pagamentos à entidade, durante tempos de crises de segurança e tensões diplomáticas, provocando grandes críticas internacionais, como quando o órgão cultural da ONU, a Unesco, reconheceu o status de membros aos palestinos, há um ano.
"Eu não pretendo transferir neste mês os fundos aos palestinos. Neste período, eu pretendo usar esse dinheiro para deduzir dívidas da Autoridade Palestina com a Corporação Elétrica de Israel e outros órgãos", afirmou o ministro das Finanças do Estado judeu, Yuval Steinitz, à Rádio Israel.
A vitória na ONU para os palestinos foi uma derrota diplomática para os EUA e Israel, que só tiveram o apoio da alguns poucos países ao votarem contra o upgrade no status palestino.