O Grupo Antibombas da Polícia Federal está desde o início da manhã desta quinta-feira, dia 27, na sede da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), no Centro da cidade. A presença dos peritos tem como finalidade investigar as causas de explosão ocorrida no último dia 20, que deixou três policiais soterrados, entre eles a policial Amélia Dantas, vítima fatal do incidente. Também decorrente da explosão, residências e estabelecimentos comerciais tiveram danificadas suas estruturas.
Agentes da Polícia Civil, entre eles um delegado, acompanham os trabalhos dos peritos. Os agentes não quiseram dar declarações à imprensa e se restringiram a dizer que qualquer informação seria repassada apenas pela Superintendência da Polícia Federal.
Equipes de reportagem estavam no local desde as primeiras horas da manhã de hoje. Agentes da PF confirmaram que a imprensa seria atendida.
Em conversa com um dos comerciantes lesados pela explosão, o artista plástico Jânison Andrade, de 41 anos, informou a equipe do Alagoas24horas, que seu prejuízo está avaliado em R$ 20 mil. “Eu fui arremessado no momento da explosão. A sorte é que não tinham mais alunos no meu ateliê. Perdi quase todas as minhas obras, aluguei este novo ponto comercial por um valor maior do que o anterior, e ainda terei que fazer reformas para adaptar o local. Meu prejuízo chega perto de R$ 20 mil e o governo ainda quer oferecer crédito especial? O que queremos é ressarcimento das perdas e não ter que pagar para reconstruir uma coisa que foi destruída sem ser nossa responsabilidade”, comentou Jânison que confirmou que nem ele e nem o restante da comunidade circunvizinha tinham conhecimento do perigo que corriam.
O trabalho dos peritos deve durar mais alguns dias. A área de isolamento alcança boa parte do quarteirão. Apesar de hoje completar oito dias desde a tragédia que vitimou a diretora do Sindpol, no local ainda é possível encontrar destroços, principalmente estilhaços de portas e janelas de estabelecimentos e casa do entorno.
A população continua assustada e ansiosa para recuperar os bens perdidos. O governo não se pronuncia oficialmente sobre datas e a população teme que aconteça o mesmo ocorrido com as vítimas da cheia de julho de 2010, onde algumas dela aguardam até esta data por novo imóveis.