Grupo explode fábrica de joias e faz 9 reféns

Helicóptero faz buscas por vítimas em mata. Criminoso mais procurado foi morto.

Guilherme Pulita/RBS TVHelicóptero ajuda nas buscas aos reféns na região

Helicóptero ajuda nas buscas aos reféns na região

Cerca de 200 policiais, cães farejadores e um helicóptero vasculham uma região de mata em Cotiporã em busca dos nove reféns e dos assaltantes que explodiram uma fábrica de joias na Serra do Rio Grande do Sul. Segundo a polícia, foram levadas sete pessoas da mesma família e duas mulheres que estavam em um bar na frente da fábrica. Três homens foram mortos no confronto com a polícia, incluindo o líder, Elisandro Falcão, considerado o foragido número 1 do estado. Ainda não há confirmação do número de assaltantes que fugiram.

"É uma zona de pouca densidade populacional, com serras, matas, parreirais. Temos de trabalhar, pois eles não estão concentrados em um determinado lugar. Nos exige muita cautela", disse o secretário de Segurança do RS, Airton Michels, em entrevista à Rádio Gaúcha.

Segundo a polícia, o bando fugiu em um Audi, um Astra e um Fiat Strada roubado, que foi usado para levar os reféns. O confronto com a polícia ocorreu ainda durante a madrugada, quando o bando fez os primeiros reféns, já liberados. Os assaltantes usaram explosivos para abrir uma das portas da joalhfábrica eria e saíram com dois sacos cheios de joias. Um deles já foi recuperado pela polícia.

"Estamos acompanhando com muita prudência. O helicóptero está nos ajudando a conferir dicas que estamos recebendo de moradores. Ainda não houve contato dos bandidos para negociar a libertação dos reféns. Também não temos evidência mais concreta de localização. Estamos espalhados por toda a região e vamos ficar até ter indícios mais fortes que levem à prisão e à libertação das pessoas que foram levadas", explicou o comandante da Brigada Militar, Sérgio Abreu.

Para o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, a prioridade é a integridade física dos reféns levados pelo grupo de criminosos foragidos. O governador do estado afirmou que serão utilizados todos os meios operacionais disponíveis para solucionar o caso e que é preciso “um comando tranquilo” na ação. “A prioridade das prioridades é cuidar da vida dessas pessoas. O comando deve ser tranquilo. Vamos contar com a capacidade da nossa Brigada Militar para que isso tudo termine bem”, disse Tarso Genro.

O assalto

Foi morto em confronto com a Brigada Militar na madrugada deste domingo (30) o assaltante mais procurado do Rio Grande do Sul. Segundo a polícia, o homem conhecido como Falcão, de 31 anos, participou de um assalto a uma fábrica de joias em Cotiporã, na Serra. Outros dois suspeitos morreram no local. Os demais envolvidos na ação conseguiram fugir levando como reféns um grupo de moradores dos arredores e uma quantia em dinheiro.

Segundo o capitão Juliano Amaral, da BM, Falcão era líder de uma quadrilha responsável por ataques a bancos e carros-fortes na região com o uso de explosivos. Por volta das 2h deste domingo, ele e mais 9 homens armados usaram explosivos para detonar a porta principal da fábrica de joias, localizada no Centro de Cotiporã. Com a chegada da polícia, houve perseguição e troca de tiros na saída da cidade. Além dos criminosos, dois policiais foram atingidos e levados ao hospital de Veranópolis.

Fonte: G1

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