De acordo com o próprio prefeito Cícero Almeida (PP), a reunião ocorrida na manhã desta sexta-feira, dia 22, com o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) e o empresário e ex-deputado federal João Lyra (PTB) não serviu para bater o martelo em torno do candidato ao Governo do Estado de Alagoas pelo “chapão”. Almeida falou com a imprensa durante a entrega de oito ambulâncias cedidas pelo Governo do Estado, para a Prefeitura Municipal de Maceió.
Lessa – que se reuniu em Brasília com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no início da semana – aceita sair candidato ao Governo do Estado com o apoio da frente de oposição ao atual governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), desde que tenha o apoio do prefeito e das agremiações que integram o chapão: PMDB, PCdoB, PT, PDT, PR, dentre outros.
A reunião na manhã de hoje – em tese – serviria para consultar o prefeito Cícero Almeida. No entanto, Almeida disse que não decidiu se abandona uma possível candidatura ao Palácio República dos Palmares. Para Almeida, ainda é cedo para esta decisão. “Na reunião tratamos de diversos assuntos e o ex-governador Ronaldo Lessa foi muito honesto ao relatar tudo que tinha sido conversado em Brasília”, frisou.
Conforme o prefeito, não é ele mesmo que decidirá se vai sair candidato ao Governo ou não. “Não sou eu quem define isto. A responsabilidade é da sociedade, que hoje está convicta – conforme as pesquisas – que eu devo ser candidato. Ainda estamos em fase de diálogo”, colocou. Almeida confirmou ainda que uma nova reunião do chapão deve ocorrer na segunda-feira, dia 25.
“Ainda não estou preocupado se o chapão está definido. Eu estou preocupado é com as coisas boas que vem acontecendo e estão em pauta no momento. Ainda vou ter muito tempo para discutir política”, disse ainda Cícero Almeida. O prefeito disse que – juntamente com Lessa – fez uma avaliação das colocações que foram feitas pelo presidente Lula e o pedido para que um candidato conseguisse aglutinar os partidos da base aliada em Alagoas.
De acordo com Almeida, o presidente tem um interesse especial em compor uma frente que apóie a ministra Dilma Rousseff em Alagoas. O prefeito colocou que o entendimento do chapão tem sido este e o nome a ser lançado – que está entre ele, o senador Fernando Collor de Mello (PTB) e Ronaldo Lessa (PDT) – deve ter o apoio do presidente e do bloco de partidos. “Se eu não for candidato ao Governo do Estado, devo apoiar o grupo, mas não aceitaria ser vice. Se não for candidato, eu continuo minha missão na Prefeitura de Maceió, que é ser o melhor prefeito que esta cidade já teve”, sentenciou ainda o prefeito.
Almeida diz ainda que se desistir de uma possível candidatura, o PP vai articular – dentro do chapão – para indicar o nome do vice candidato ao Governo do Estado. “O partido tem nomes para isto, só não vou citar porque não cabe”, sentenciou. O prefeito de Maceió frisou ainda que “por enquanto ainda está ouvindo a população e pensando e repensando”. “Se Deus tocar meu coração e mostrar que devo ser candidato, aí não tem jeito”, finalizou Almeida.
“Não existe segredo. Eu espero que os partidos se entendam. Se for a vontade da sociedade e o nome do Cícero Almeida permanecer, eu saio candidato. Eu acho que eu tenho o direito pelo que mostram as pesquisas, inclusive do PP indicar um vice da chapa”, colocou. “Dentro da visão da população, eu seria o candidato hoje e eu penso nesta responsabilidade que a sociedade quer me atribuir”.
Cícero Almeida coloca ainda que a presença do presidente Lula nas discussões pode ser fator decisivo em Alagoas. “O presidente terá sim participação na definição do chapão. O Lula é um bom avalista”. O prefeito se isentou de comentar o fato da candidatura de Lessa ser boa para o senador Renan Calheiros, já que se eliminaria um adversário para o Senado Federal.
O prefeito afirmou que a única certeza é o apoio dado a cinco possíveis candidatos à Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas. “Eu vou apoiar para a Assembleia os vereadores Galba Novaes, Oscar de Melo, Dudu Holanda, o secretário Mozart Amaral e Wilson Araújo”, disse.