O governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), destacou – na manhã de hoje, dia 25, durante o lançamento da Revista Alagoas – que as ações em desenvolvimento no Estado de Alagoas são irreversíveis, independente do futuro governante que assuma os rumos do Estado, em 2011. De acordo com Vilela, foi lançada “uma revista de prestação de contas, mas poderia ter sido um livro”.
Viela ressaltou inclusive que os números da violência em Alagoas, que tem sido o alvo constante dos adversários políticos, já se encontram em “inflexão, numa redução, devido às ações adotadas pelo Governo do Estado”. “Todos os números flexionaram de forma positiva nestes três anos. A situação do Estado de Alagoas ainda é difícil, mas o projeto que estamos desenvolvendo é de Estado e não apenas de governo e aponta para um futuro de desenvolvimento social e econômico”, frisou o chefe do Executivo estadual.
“Temos muito a mostrar. São ações que estão acontecendo de forma consistente, com políticas públicas permanentes, com continuidade independente de quem venha a assumir o próximo Governo. São obras que acontecem na área de saneamento, estradas, atração de indústrias, geração de emprego e renda e melhoras na área de Turismo”, complementou ainda Vilela.
De acordo com Vilela, o Estado avançou. O governador também aproveitou a oportunidade para rebater os adversários políticos. Sem citar nomes, o chefe do Executivo devolveu as críticas recebidas. “Eles estão falando que as obras que acontecem em Alagoas são do Governo Federal. Primeiro, eles começam a reconhecer que há obras, pois é inegável. Segundo, são recursos federais sim. É claro. Nós não temos dinheiro. Porém, nunca houve este volume de recursos em Alagoas. Se existe agora, é porque o Estado recuperou sua credibilidade e tem garantido contrapartidas em dia”, complementou.
O governador lembrou ainda que o Estado tem tratado com “seriedade o dinheiro público”. “Tanto que Alagoas é o único Estado do país que não tem obras do PAC paralisadas e olhe que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em um partido que se contrapõe ao meu”. De acordo com Teotonio Vilela Filho, a garantia dos recursos se dá pela qualidade dos projetos e seriedade nas parcerias firmadas. “Esta seriedade também tem sido importante para a atração de investimentos da iniciativa privada. Alagoas é um estado que passa confiança. E isto significa emprego. Procurem um pedreiro, um eletricista em Alagoas e você não vai encontrar. Estão todos trabalhando”, disse ainda.
Teotonio Vilela Filho fez ainda questão de lembrar que este ano o Governo pretende realizar investimentos no total de R$ 1 bilhão. Parte do dinheiro foi conseguida por meio de empréstimos. “Será um ano de muitas ações no sentido de desabrochar e florescer as ações que vem sendo cultivada com zelo. A sociedade precisa saber que hoje Alagoas tem um rumo, tem uma gestão, tem um governo”.
O governador comparou – por exemplo – alguns números de sua gestão, com os da administração passada. “Em oito anos, eles fizeram 176 habitações. Até o final de 2010, nós estaremos entregando 25 mil casas. Entregamos 350 novas viaturas às polícias, o que é seis vezes mais do que já foi feito. Agora, em todos os setores eu gostaria de investir mais”, colocou.
Indagado sobre qual setor o governador gostaria de ter avançado mais, Vilela foi enfático ao afirmar que gostaria de ter “corrigido as distorções profundas que existe em relação aos servidores públicos”. “Não são distorções que nasceram nesta administração e não tivemos condições financeiras de corrigir isto. Não poder dar o aumento justo ao funcionalismo me constrange e me deixa incomodado. É uma limitação, por conta da condição financeira do Estado, que me incomoda. Mas estamos avançando e acredito que será possível resolver em um futuro próximo. Alagoas começa a dar sinais de melhoras na arrecadação. O mês de janeiro tivemos uma arrecadação recorde, infelizmente o repasse do FPE não acompanhou, mas o Estado avança como um todo”.
Vilela disse ainda que o investimento previsto de R$ 1 bilhão não pode ser gasto com aumentos salariais, porque tem destino certo, conforme os contratos previstos. “Infelizmente não nos dá nem uma folga neste sentido, porque Alagoas tinha zero de recursos para investimento, então não há como dizer que o recurso que vem, possa dá uma folga para aumentar os salários. Além disto, há a questão da Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas, os recursos possibilitam ações que resultam no benefício do servidor público, como por exemplo, a reestruturação da previdência, onde colocamos R$ 120 milhões”.
O chefe do Executivo voltou a lamentar a crise financeira de 2009 e disse que os primeiros avanços de melhora financeira do Estado correspondem a “uma atenção aos salários dos servidores públicos”, mas fez a ressalva de que o Estado ainda se encontra “no limite da LRF, pois devido à crise tivemos uma frustração de receita de R$ 400 milhões”.