Integrantes do Movimento Social Contra a Criminalidade em Alagoas (MSCC) que participaram do protesto realizado nesta quarta-feira, 3, em frente ao prédio da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), demonstraram uma certa mágoa em relação ao deputado Paulão (PT) ao serem questionados a respeito do orçamento do Estado para 2010, aprovado na sessão ordinária de ontem (2).
“O Paulão prometeu ao MSCC que iria pedir vistas. Ele garantiu, disse que pediria vistas do projeto independente da pressão que sofresse, independente do que fosse sobrar para ele”, afirmou Marco Aurélio, um dos representantes do MSCC.
Segundo ele, o movimento marcou o protesto para hoje confiante nesse pedido de vistas, que não aconteceu e ‘esvaziou’ a manifestação.
O advogado Adriano Argolo, também integrante do movimento, disse que agora a pressão deve se voltar para o governador Teotonio Vilela Filho, para que ele vete os reajustes. “São reajustes imorais. Vai faltar dinheiro em outras áreas. Esperamos que o governador não ceda as pressões e vete o reajuste”.
Caso Vilela vete o orçamento aprovado pelos deputados, Argolo disse que ainda resta ao Governo do Estado entrar com uma medida cautelar para impedir o aumento nos duodécimos.
Factóide
Paulão, um dos quatro deputados presentes na ALE na tarde de hoje, disse que a declaração do MSCC envolvendo seu nome era um factóide. “A falta de mobilização para realizar a manifestação foi um problema do MSCC. A bancada do PT analisou a situação e resolvemos não pedir vistas devido ao atraso na votação do orçamento, atraso que estava deixando vários serviços paralisados no Estado”, justificou.
“O que os integrantes do movimento deveriam analisar é quem votou contra o projeto. Nós votamos contrários, mas discutimos e vimos que não alteraria nada se pedíssemos vistas”, complementou o petista, aproveitando para instigar Adriano Argolo a se pronunciar sobre a crise no Poder Judiciário.