Policiais civis integrantes do sindicato da categoria realizam na manhã desta quarta-feira, dia 10, mais uma mobilização para exigir a retomada das negociações entre a categoria e o Governo do Estado. A categoria, que já ameaçou greve em várias ocasiões, exige reajuste salarial, além de melhorias nas condições de trabalho.
A mobilização de hoje acontece na porta da Delegacia Geral de Polícia Civil, no bairro de Jacarecica, onde os sindicalistas – durante um café-da-manhã – denunciam que os policiais em Alagoas estariam trabalhando em ‘escala comercial’ (das 8 às 12h e das 14h às 18h). Os sindicalistas cobram a revogação da portaria 224/2010, que instituiu o horário, além do impedimento de contratação de estagiários, pretendida pela cúpula.
O Sindpol afirma que o horário traz prejuízo para os policiais e para a população em geral, que fica sem delegacias fora do horário comercial. Segundo a cúpula, as ocorrências registradas fora deste horário devem ser formalizadas na Central de Polícia Civil, localizada na Praia do Sobral.
De acordo com o sindicato, além de deixar a sociedade sem proteção, já que as estatísticas mostram que 60% da criminalidade acontecem no início da noite e durante a madrugada, os policiais civis estão desmotivados e são impedidos de estudar, pois, além do expediente comercial, eles têm que prestar plantão interno.
Os sindicalistas ainda reivindicam a transferência das delegacias dos 1º e 11º Distritos Policiais, respectivamente localizados no Centro e no bairro do Clima Bom, devido à falta de estrutura nos atuais prédios.
Segundo um dos sindicalistas, um documento com todas as reivindicações deverá ser entregue ao Ministério Público do Trabalho (MPT), ao delegado Marcílio Barenco, diretor-geral da instituição, ao Conselho Estadual de Segurança, entre outros.
A categoria também estaria se organizando para o lançamento da Campanha Nacional de Valorização do Policial Civil, que será discutida nacionalmente, e que defende a aprovação das PECs 446 e 300, que institui o piso salarial de policiais civis, militares, bombeiros, agentes penitenciários e que atualmente tramita na Câmara Federal.