O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, esclareceu hoje que nenhum dos envolvidos nos casos de pedofilia denunciados no Brasil possui o título de bispo da Igreja Católica.
"Nenhuma das três pessoas envolvidas tem o cargo de bispo. Dois deles têm o título de ‘monsenhor’; um deles já foi destituído e está em julgamento", afirmou Lombardi, após conversar com autoridades da diocese brasileira.
O caso de abuso contra menores no Brasil foi denunciado na última semana pela imprensa local, segundo a qual dois monsenhores e um sacerdote do município de Arapiraca (AL) são acusados de participarem de um esquema de pedofilia.
Os religiosos, que foram afastados, devem responder a um inquérito policial por conta de denúncias feitas por ex-coroinhas e familiares das supostas vítimas.
Eles também já "foram suspensos de suas competências eclesiásticas e estão no centro de um processo canônico por suspeita de pedofilia, mas até este momento negaram qualquer responsabilidade", completou Lombardi.
Embora normalmente o título de monsenhor seja atribuído aos bispos, ele também pode ser conferido como título honorário a simples sacerdotes que exercem determinados ofícios eclesiásticos.
Os supostos crimes cometidos no Brasil se somam à série de denúncias contra católicos em diversas partes do mundo. O Vaticano tem acompanhado de perto tais casos e nos últimos meses se reuniu com as cúpulas eclesiásticas da Irlanda e da Alemanha, países em que estão concentradas partes das acusações.