Mário Francisco de Assis, conhecido como Mestre Verdelinho, de 65 anos, faleceu às 15h20 desta quinta-feira, 18, no Hospital Geral do Estado (HGE). Segundo informações da assessoria de comunicação do HGE, ele chegou ao hospital por volta das 13h, acompanhado de um médico da família, e foi internado na UTI, mas não resistiu. A morte foi em decorrência de um câncer de bexiga.
O falecimento do mestre, que era um ícone do folclore alagoano, acontece três dias depois que os amigos divulgaram que ele estava passando necessidades desde que foi acometido pelo câncer e por um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que prejudicou parte de seus movimentos.
O Alagoas24horas chegou a divulgar, na segunda-feira, 15, uma campanha para arrecadar alimentos e fraldas geriátricas para o mestre. A campanha foi uma iniciativa de amigos e representantes de setores ligados a cultura, como a Direção Artística do Teatro Deodoro (Diteal).
Seu corpo está sendo velado, na residência da família, na Rua dos Coqueiros, 614, na Chã da Jaqueira, (ao lado da Cavalaria) e o sepultamento está previsto para às 16h, nesta sexta-feira (19), no cemitério Santo Antônio, no bairro de Bebedouro, como era de desejo de Verdelinho.
Embolada
Mestre Verdelinho era conhecido pela propagação do coco de embolada, suas músicas e repentes, bem como sua forma inusitada na utilização do pandeiro e do ganzá como instrumentos musicais.
Em 1999 foi o segundo colocado no festival de música do SESC/AL. No ano seguinte ganhou o 1º lugar no FEMUCIC – Festival de Música Cidade Canção em Maringá/PR. A partir daí criou o grupo Xetar, acompanhando jovens talentos, com o qual participou em São Paulo de um documentário intitulado “A Barca”, gravado em DVD. Antes dos problemas de saúde tirarem sua mobilidade, o mestre formou um grupo folclórico composto por seus três filhos e uma nora.