Após uma conversa sobre aids entre os participantes da décima edição do "Big Brother Brasil", veiculada no começo de fevereiro pela TV Globo, o Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação para que a emissora explique como se contrai a doença.
A conversa ocorreu em 2 de fevereiro, mas só foi ao ar sete dias depois, na edição dos melhores momentos do programa. Segundo o MPF, o participante Marcelo Dourado disse, em conversa com outros participantes, que "hétero não pega aids" e que obteve a informação com médicos. Afirmou também: "Um homem transmite (o vírus HIV) para outro homem, mas uma mulher não passa para o homem."
Para o autor da ação, o Procurador Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, Jefferson Aparecido Dias, ao optar pela exibição desta fala do participante, a emissora acabou "prestando um desserviço para a prevenção da aids no Brasil".
A ação cautelar preparatória de ação civil pública, com pedido de liminar, foi ajuizada hoje a fim de que a Rede Globo exiba, enquanto ainda estiver no ar o BBB 10 – que termina daqui a seis dias -, um esclarecimento à população sobre as formas de contágio do vírus HIV, conforme definidas pelo Ministério da Saúde.