Técnicos da Vigilância Epidemiológica do Estado e do município de Rio Largo promoveram, na quinta-feira (25), um trabalho integrado de combate ao mosquito transmissor da dengue naquele município. A iniciativa, que foi realizada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Rio Largo, contou com a participação de agentes de endemias, que realizaram visita às residências para aplicação correta do inseticida de combate ao mosquito.
A ação integrada foi em função do aumento do número de notificações da doença e teve o acompanhamento do supervisor de área da Sesau, José Aparecido Pinto; diretor de Ação à Saúde, Nemer Imbrhaim e pela secretária municipal de Saúde, Josefa Petrúcia Morais. De acordo com dados do último Boletim Epidemiológico da Dengue em Alagoas, Rio Largo registra 475 casos notificados como suspeitos, sendo nove confirmados da forma grave.
Josefa Petrúcia Morais salientou que o trabalho dos agentes de endemias tem sido diário, atrelado a campanhas de conscientização sistemáticas, que visam alertar a população sobre os cuidados básicos que devem ser seguidos pelos moradores de Rio Largo a fim de evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
Durante a busca ativa de focos do mosquito, no Conjunto Ilha Angelita, os agentes de endemias aplicaram inseticida, entregaram material educativo aos moradores, além de orientá-los sobre os cuidados básicos de com prevenir à dengue.
Na residência da dona-de-casa Maria José da Silva, os profissionais encontraram um exemplo de como se deve agir para evitar a proliferação do Aedes aegypti e outro que é condenado pelas autoridades de vigilância epidemiológica. “Ela mantinha uma planta aquática no quintal de sua residência, cujo exemplo não deve ser seguido por àqueles que desejam evitar o aparecimento dos focos da dengue”, informou o supervisor de área da Sesau, José Aparecido Pinto.
Mas ainda na residência, dona Maria José foi protagonista de um bom exemplo, ao mostrar que o reservatório de água armazenado na cozinha de sua casa estava bem fechado. “O Aedes aegypti se desenvolve facilmente em reservatórios com água limpa e parada, por isso a necessidade de mantê-los tampados”, alertou o supervisor.
Capacitação
E para treinar os médicos e enfermeiros da atenção básica, o infectologista Celso Tavares proferiu palestra sobre a assistência ao paciente e os casos graves.
“Para evitar este problema e deixar nossos profissionais médicos e enfermeiros ainda mais aptos a realizarem o diagnóstico precoce da dengue, resolvemos trazer até Rio Largo, o médico da Sesau, Celso Tavares, que é um infectologista renomado no Estado e possui larga experiência neste âmbito”, ressaltou a secretária municipal de Saúde, Josefa Petrúcia Morais.
A coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesau, Cleide Moreira, disse que as ações visam fortalecer a assistência e reduzir os números de casos da dengue no município. “Durante a capacitação os médicos e enfermeiros receberam material como ficha de acolhimento, cartão do paciente com dengue e ainda ficou definido uma unidade de triagem no município para os casos de pessoas que apresentarem sintomas da doença”.
Prevenção
Para evitar a proliferação do mosquito e ocorrências de dengue, a melhor medida é evitar o acúmulo de água, que é responsável pela reprodução do Aedes aegypti. Os cuidados importantes para combater a proliferação do mosquito da dengue são manter bem tampados caixas, tonéis e barris de água; colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira sempre bem fechada; não jogar lixo em terrenos baldios e não deixar a água da chuva acumulada sobre a laje.
Após a picada do mosquito com o vírus da dengue, os sintomas se manifestam entre o 3º e 15º dia. Entre os sintomas que o paciente apresenta estão febre alta; dores de cabeça, atrás dos olhos e corpo; perda de paladar e de apetite; moleza; náuseas e vômitos.