Servidores do Legislativo ‘fecham’ prédio da ALE

Sindicalistas e policiais chegaram a se estranhar durante protesto na última terça-feira, 30

Sindicalistas e policiais chegaram a se estranhar durante protesto na última terça-feira, 30

Servidores do Poder Legislativo deram prosseguimento nesta segunda-feira, dia 5, à greve iniciada na última terça-feira, dia 30, em protesto a não implantação do Plano de Cargos e Carreiras (PCC) dos servidores do Legislativo. Um grupo de servidores, capitaneados pelo presidente do sindicato, Ernandi Malta, ‘fecharam’ o prédio da Assembleia Legislativa e anunciaram que pretendem obstruir a pauta e impedir o acesso dos deputados.

Na terça-feira, 30, os servidores invadiram o prédio da ALE e fecharam os portões para impedir a entrada dos deputados na Casa. Os servidores também se reuniram com o procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, para pedir apoio ao pleito. Tavares teria afirmado que apoiaria a solicitação dos servidores, que tramita junto ao Tribunal de Justiça de Alagoas. Segundo Tavares, até o momento foram protocoladas no MP 17 denúncias contra a Mesa Diretora da ALE, sendo nove somente na gestão dele à frente do MP.

Uma reunião entre uma comissão de servidores e o presidente da Casa, Fernando Toledo (PSDB) estava prevista para ocorrer esta manhã, 5, mas os servidores alegam que não receberam nenhum contato oficial. O principal argumento dos servidores diz respeito ao reajuste do duodécimo do Legislativo, que serviria para implantação do PCC, mas que até agora segue sem implementação efetiva.

O presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo, Ernandi Malta, explicou que a categoria está se sentindo lesada pelos deputados estaduais que não teriam cumprindo a promessa de implantar o Plano de Cargos e Carreiras (PCCS) no mês de março. “A Mesa Diretora não cumpriu nada do que prometeu e o deputado Jota Cavalcante, que é o primeiro secretário, enganou a todos ao informar à imprensa que havia implantado o PCC”, disse Malta, acrescentando: “Eles levaram o dinheiro todo”.

O sindicalista citou como exemplo os servidores que receberiam R$ 1.324,00 com a implantação do plano e até o momento continuam recebendo cerca de R$ 800,00. Além da implantação do PCC, Malta destaca que os deputados também não incorporaram o quinquênio (reajuste de 5% a cada cinco anos trabalhados), nem tampouco o retroativo a janeiro e fevereiro, que estavam esperando receber. De acordo com os servidores, os salários foram pagos na terça-feira sem nenhuma alteração de valores.

Dados apresentados pelo Sindicato, durante o protesto, dão conta que a ALE já recebeu este mês R$ 650 mil a mais, com o aumento do duodécimo. No entanto, somente os procuradores da Casa tiveram seus salários reajustados, o equivalente a R$ 100 mil ao mês de impacto. “É bom lembrar que os procuradores da ALE são apenas 13, enquanto os servidores somam 1300, cujo impacto ao mês com o PCC é de R$ 150 mil”, esclarece Ernandi Malta.

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