Sessão foi realizada na Câmara Municipal de Maceió

Sessão foi realizada na Câmara Municipal de Maceió

Assessoria/CâmaraSessão foi realizada na Câmara Municipal de Maceió

Sessão foi realizada na Câmara Municipal de Maceió

A Câmara Municipal de Maceió debateu, durante sessão especial realizada na manhã desta quarta-feira (07/04) e requerida pela vereadora Heloísa Helena (Psol), a problemática da saúde pública no estado de Alagoas, em solenidade que contou com a participação de representantes das secretarias municipal e estadual de Saúde, sendo presidida pela vereadora e médica Fátima Santiago (PP).

Presente à discussão, o presidente do Sindicato dos Hospitais de Alagoas, Humberto Gomes, discorreu sobre as dificuldades enfrentadas pelas unidades hospitalares, assim como pelos profissionais que as fazem, no sentido de ofertar um atendimento digno aos mais carentes. “Não há como qualquer hospital, seja publico ou privado, sustentar-se com os valores pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que contempla 91% da população alagoana”, destacou.

Em seguida, a médica Júlia Tenório, sub-secretária da Secretaria de Estado da saúde (Sesau), falou sobre os empecilhos encontrados pelo Executivo, como o fato de o Hospital Geral do Estado (HGE) receber pacientes que deveriam ser atendidos em postos de saúde no interior. “O HGE continua recebendo pessoas que necessitam de uma simples inalação. Além disso, tem-se a dificuldade do acesso aos municípios, para que possamos socorrer aqueles que necessitam de atendimento especializado, entre tantos outros”, comentou Tenório.

Ainda com a palavra, a sub-secretária destacou os avanços que, segundo ela, já podem ser contabilizados, ‘a exemplo da entrega de 134 cadeiras de rodas a portadores de deficiência física’. “Até o ano de 2012, a expectativa é de que tenhamos 600 novos leitos. Somente na unidade de emergência do Agreste, em Arapiraca, serão 150 novos leitos. O HGE já representa um grande avanço, pois, saímos de 140 para 220 leitos. Além disso, conseguimos, por meio de emenda federal do deputado ‘Chamariz’ [Antônio Carlos, do PTB], R$ 21 milhões para a construção do Hospital Metropolitano, no bairro da Serraria”, comentou Júlia Tenório, acrescentando que o processo licitatório já fora iniciado.

Na sequência, o diretor do Hospital Universitário, Paulo Teixeira, falou sobre as condições ‘de precariedade’ em que a maioria dos médicos estão atuando, priorizando a questão salarial. “Um médico pode ter especialização em Oxford, mas o seu salário inicial, em Alagoas, não passa de R$ 1,6 mil”, salientou Teixeira, que também cobrou celeridade à ampliação de leitos e destacou a importância do HU, ‘que, além de salvar vidas, forma profissionais capacitados’.

Emocionada, a vereadora Heloísa Helena (Psol) criticou o que pode ser considerado, segundo ela, uma ‘privatização indireta’ da saúde pública, que estaria representada pelas Organizações Sociais de Saúde (OSS). A vereadora questionou ainda os gestores públicos presentes à sessão, cobrando-os que, objetivamente, apresentem respostas concretas à sociedade.

A sessão também contou com a presença de agentes de saúde do município. Reginaldo Luis, representando a categoria, levou à tribuna reivindicações relativas à questão salarial e às condições de trabalho do servidor municipal, externando sua preocupação para com a qualidade do serviço prestado pelo SUS.

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