Luis Alves Ferreira, o principal suspeito do homicídio do servidor público Cláudio Cavalcante dos Santos, de quem era cunhado, deixou uma carta onde confessa o crime. A informação é do delegado Carlos Humberto de Almeida, titular da Delegacia de Traipu e responsável pelas investigações.
O corpo da vítima foi encontrado ontem (14), enterrado dentro de um saco plástico em uma cova rasa no sítio do cunhado, localizado no povoado de Olho D’Água do Campo, zona rural de Traipu. Cláudio estava desaparecido desde sábado, 10.
“O Luis deixou uma carta contando que a vítima o ameaçava de morte em razão de uma dívida que ele negava ter com o Cláudio. Na carta, ele confessa que matou e que fugiria porque preferia morrer no mato do que na cadeia”, relatou o delegado.
Carlos Humberto disse que, na carta que foi deixada na residência do acusado, Luis assume o crime sozinho e afirma que a família não sabia de nada. Ele conta ainda que enquanto matava o cunhado, testemunhas presenciaram a cena e fugiram.
O delegado diz que o acusado também descreve que torturou a vítima antes de matá-la: “Quando eu estava torturando ele confessou que já havia mandado me matar”, diz um trecho da carta.
O delegado confirmou que a perícia inicial indica que o corpo do servidor apresentava sinais de tortura, várias pancadas na cabeça e um tiro no peito. “O suspeito continua foragido e estamos prosseguindo as investigações, inclusive buscando informações sobre as testemunhas que teriam presenciado o crime”, finalizou.