Mais de mil pessoas participaram do início das discussões da Conferência Regional Nordeste de Ciência, Tecnologia e Inovação, nesta quinta-feira (15), no Centro de Convenções de Maceió. O evento, que vai até esta sexta-feira, conta com os principais nomes da área no cenário regional e nacional.
Na abertura, os palestrantes unificaram o discurso pela criação de uma agenda política que ultrapasse as gestões. “O que está sendo pensado é um pacto federativo em que se consolida a ciência e a tecnologia como instrumento necessário para o crescimento do país. E isto só se dá quando nós pensamos a longo prazo”, pontuou o secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Luís Antônio Elias.
O secretario-executivo do MCT declarou que o fundamental é que as conferências regionais produzam planos que identifiquem as potencialidades e as necessidades de cada estado, de cada localidade. “Esse documento será a base de políticas de Estado e não mais de governo”, expôs Elias. O documento será apresentado na 4ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia, em Brasília, entre 26 e 28 de maio.
A secretária de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação de Alagoas, Janesmar Cavalcanti, declarou que o maior desafio da conferência no Nordeste é o de colaborar com a criação de um sistema nacional forte de ciência e tecnologia. “Precisamos nos embasar do conhecimento já existente e buscar novos aprendizados. Assim, daremos o passo que esperamos em direção ao desenvolvimento econômico sustentável e à melhoria na qualidade de vida dos alagoanos e dos brasileiros em geral”, acentuou Cavalcanti.
A participação da ciência no crescimento econômico também foi explanada pelo secretário de Estado do Planejamento, Sérgio Moreira. “A diferença entre produzir três ou 35 toneladas de mandioca está no conhecimento e no investimento. Esta conferência é um marco histórico para que um estado como Alagoas passe a exportar um cultivo, como este [mandioca] tanto quanto um país como a Índia”, argumentou Moreira.
O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Ciência e Tecnologia, René Barreira, defendeu que as políticas públicas formuladas nas conferências passem a constar também na agenda de eleição este ano. “Não só para governador, mas também para quem visa ao Congresso Nacional. A ciência e a tecnologia tem que estar em pauta nas discussões sobre o que a sociedade quer para si”, explicou Barreira.