Mais de 50 promotores atuarão nas eleições deste ano

Procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares

Procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares

Alagoas24horas/ArquivoProcurador regional eleitoral, Rodrigo Tenório

Procurador regional eleitoral, Rodrigo Tenório

O procurador-geral de Justiça Eduardo Tavares, o corregedor-geral do Ministério Público, Francisco Sarmento, o procurador regional Eleitoral, Rodrigo Tenório, promotores e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas, se reuniram – na manhã desta segunda-feira, dia 19 – para discutir os procedimentos para as eleições deste ano.

O encontrão acontece no auditório da Procuradoria Geral de Justiça, no Ministério Público Estadual. De acordo com Tavares, o encontro serve para discutir a atuação do MP nos processos eventuais envolvendo candidatos e os 65 crimes eleitorais previstos na legislação brasileira, para que “se tenha uma eleição mais limpa e mais consciente”.

Tavares destacou que nas eleições deste ano serão 54 promotores atuando, desde o pleito eleitoral, composição de partidos até a diplomação. “Estaremos fiscalizando e trabalhando para garantir um pleito mais justo. O MP vai estar atento”, destacou o procurador-geral de Justiça.

Eduardo Tavares destacou ainda que, além do papel fiscalizador, o Ministério Público Estadual deve atuar junto às comunidades, em parceria com diversos outros órgãos, para buscar conscientizar a população. “Vamos investir, sobretudo, na conscientização da população para buscar evitar ao máximo a compra de votos, mostrando as pessoas a importância da cidadania e que será punido tanto quem compra, como quem vende. O Ministério Público é um fiscal da lei, mas também terá este papel educacional”, colocou.

O procurador-geral de Justiça reconheceu que este ano pode apresentar um quadro atípico em função das recentes operações federais envolvendo políticos e crimes, dentre elas a Operação Taturana. Nos bastidores, a informação é que a disputa é acirrada, pois alguns políticos temem perder a imunidade parlamentar, diante dos crimes que respondem.

“Esperávamos lidar com outro quadro, onde alguns políticos envolvidos em crimes de corrupção já estivessem condenados e não participando do pleito. Mas, os processos, não só o da Taturana, mas outros estão em andamento e este julgamento vai chegar. Eles não foram julgados agora. É claro que temos o medo que alguns políticos se reelejam, mas antes de tudo isto depende do voto do eleitor. Eu tenho esperanças de que consigamos mudar este quadro que hoje se encontra”, colocou Eduardo Tavares.

“Agora, apesar de ter alguns fatores atípicos, não muda muito de eleições passadas. A fiscalização é a mesma e contamos com a conscientização das pessoas. Se depois destes inúmeros processos, da Operação Taturana, a população não tomou algum tipo de consciência, o que será do nosso Estado. Claro que alguns devem se reeleger, mas esperamos mudanças. Eu acredito em resultados diferentes. Iremos usar todo o nosso instrumental para punir corruptos que vendem e compram votos em Alagoas”, destacou o procurador-geral da Justiça.

Em breve, ainda segundo Tavares, o MP deve disponibilizar espaço para denúncias tanto online, quanto por telefone. “Mesmo que sejam anônimas, nós vamos apurar. As pessoas devem usar de sua cidadania e aquelas que se identificarem terão seus nomes preservados”, finalizou.

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