Os policiais civis de Alagoas vão paralisar as atividades por 24 horas, nesta sexta-feira, dia 23, como forma de pressionar a Câmara Federal a aprovar o substitutivo global aglutinativo das Propostas de Emendas Constitucionais 300/2007 e 446/2009, que trata do piso salarial nacional dos policiais. O substitutivo já foi votado em primeiro torno, mas por falta de acordo com o governo federal, a proposição ainda não entrou no plenário da Câmara Federal.
Na assembleia geral, realizada pela Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis, a categoria deliberou pela realização de ato público de protesto, na Central de Polícia, a partir das 8 horas, em seguida, os policiais se unirão aos militares para a realização de caminhada até o Palácio do Governo.
O vice-presidente do Sindpol, Josimar Melo, explica que a Central prejudica o trabalho da Polícia Civil e o atendimento à população. “Não é justo que três delegacias fiquem fechadas nos bairros para os policiais tirarem plantões na Central, e a população tenha que se deslocar para um lugar distante, quando poderia prestar queixa na sua localidade”.
O sindicalista voltou a destacar a importância de as delegacias voltarem a funcionar 24 horas, ao contrário do horário de expediente de 8 as 12 horas e das 14 as 18 horas, que vai de encontra com as estatísticas da criminalidade. Relatórios da Secretaria de Defesa Social apontam que mais de 60% da criminalidade ocorrem fora do horário de expediente.
Os policiais também marcaram um novo ato público de protesto no dia 28 de abril, às 8 horas, em frente à Delegacia Geral. O objetivo é cobrar os pagamentos de horas-extras, adicionais noturnos e diárias. “Com a escala de expediente e os plantões na Central, o policial chega a trabalhar 52 horas semanais, e o governo do Estado não está pagando os direitos dos policiais”, revela.