Os policiais civis de Alagoas fecharam – na manhã desta sexta-feira, dia 23 – a Central de Polícia Civil, localizada no bairro do Sobral, em Maceió, durante uma paralisação de 24 horas. A mobilização dos agentes da Polícia Civil de Alagoas é nacional. A reinvidicação da categoria é a aprovação do Projeto de Emenda Constitucional – PEC 446/300-2009, que tramita na Câmara Federal e tenta estabelecer um piso salarial padrão para policiais civis, militares e bombeiros.
A paralisação começa às 8h da manhã, em todo o país, como ressaltou o dirigente sindical José Carlos, durante a manifestação. Porém, em Alagoas, o protesto ganhou cores bem locais. Além de fazer referência à luta nacional, os agentes da Polícia Civil do Estado cobraram melhores condições de salários e voltaram a pedir um tratamento igual ao que vem – segundo eles – sendo recebido pelos delegados da instituição.
“Não temos nada contra o tratamento dado aos delegados e os salários que eles recebem. Muito pelo contrário, a categoria merece. O que não pode acontecer é uma parte da Polícia Civil ser valorizada e os agentes serem deixados de lado”, colocou. De acordo com José Carlos, a direção da Delegacia Geral “busca atender as demandas dos delegados e não a de policiais”.
Os policiais criticaram ainda a criação da Central de Polícia, em substituição as antigas Delegacias de Plantão, que funcionavam em três locais da capital alagoana. De acordo com o dirigente sindical Carlos Jorge, foi um retrocesso. “Já houve casos de uma pessoa registrar um Boletim de Ocorrência e ser assaltado ao sair da delegacia, por conta do local onde ela fica”, destacou ainda.
Os policiais voltaram a cobrar melhorias de salários, pagamentos de horas extras e melhores condições de trabalho durante a paralisação. A manifestação conta ainda com um café da manhã, que acontece na porta da Central de Polícia Civil.