Reunião aconteceu na sede do TJ
O desembargador Alcides Gusmão da Silva liderou mais uma reunião na última segunda-feira (26), na sede do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), com o objetivo de devolver a sociabilidade à Praça Marechal Deodoro da Fonseca, localizada no Centro de Maceió.
Compareceram ao encontro autoridades do comando das Polícias Militar e Civil do Estado e da Guarda Municipal de Maceió, que se comprometeram de implantar um sistema de monitoramento policial na praça para coibir a prática de delitos e a habitação indevida por parte dos moradores de rua que ocupam o local.
Gusmão foi designado pela presidência do TJ/AL no início de abril para conduzir à solução do problema social da praça Deodoro, e esta já é a terceira vez que o magistrado se reúne com autoridades para traçar metas que levem à revitalização daquele logradouro público.
O secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, participou da reunião e se comprometeu a implantar um sistema de policiamento a partir do dia 1º de maio na praça e em seus arredores, impedindo que o local seja tomado como moradia por sem-tetos.
Policiamento sozinho não resolve
Paulo Rubim defende que seja devolvida moralidade à praça, mas entende que esse trabalho não pode ser feito apenas com o policiamento presente no local. Segundo o secretário, a prefeitura deve entrar na ação no sentido de melhorar a situação impedindo o uso do espaço público como banheiro ao ar livre e como ponto de venda de drogas.
“Esse problema não atinge apenas a praça Deodoro, mas é também a realidade de outros locais como a Praça do Skate e o Corredor Vera Arruda, que sofrem com o vandalismo”, alertou Paulo Rubim.
Segundo o secretário, a iluminação da praça é preocupante, e deveria existir também uma reengenharia do trânsito, impedindo que carros permaneçam no local e possibilitem a atuação de trabalhadores informais, como os flanelinhas, que muitas vezes trabalham ali durante o dia e adentram à noite na praça.
Rubim adiantou informalmente que em breve será implantado um sistema de monitoramento por câmeras de vídeo em várias partes da cidade, e assim esse sistema poderia auxiliar também na vigilância da Deodoro.
Efeito reverso
O chefe da Assessoria Militar do TJ/AL, major Jack Emerson de Barros, destacou a necessidade de um treinamento do contingente que fará a guarda da praça. Ressaltou ainda que alguns órgãos de assistência social voluntária têm causado a fixação dos desabrigados na praça, ao distribuírem alimentos no local.
Segundo as autoridades reunidas, a boa intenção estaria causando um efeito inverso ao que se espera na revitalização da praça. Sugeriu-se, então, que as instituições filantrópicas façam a distribuição dos alimentos em abrigos públicos ou em suas sedes.
Assistência psicossocial e médica
Conforme acordado em reunião feita na semana passada, entes públicos responsáveis pela assistência social se comprometeram de prestar cuidados médicos e psicológicos àqueles que vem tomando o espaço da Praça Deodoro por local de morada. Com a reunião de hoje, ficou assegurada a vigilância diuturna do local, inibindo a possível volta dos moradores de rua.
Segundo o desembargador Alcides Gusmão, ainda será feita uma quarta reunião em que será discutida a situação da praça, abordando inclusive a transferência dos vendedores ambulantes para outros locais.
O desembargador Alcides Gusmão concluiu a reunião informando que na próxima quarta-feira (28) será feita mais uma reunião, desta vez com a Superintendência Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU). “Acreditamos que na quarta reunião alcançaremos os objetivos, mas se necessário fazemos outras reuniões até conseguirmos resolver essa situação”, informou.
