O monsenhor Luiz Marques Barbosa, 83 anos, indiciado pelo crime de exploração sexual de menores, teve a liberdade provisória concedida pelo juiz da 8ª Vara Criminal, John Silas, nesta quinta-feira, dia 6. O religioso foi preso no dia 18 de abril, durante seu depoimento à CPI da Pedofilia, em Arapiraca. A prisão se deu após policiais civis encontrarem um passaporte na residência do monsenhor, o que levou a polícia a acreditar que ele pretendia deixar o país.
Luiz Marques é o protagonista do escândalo sexual envolvendo religiosos da Igreja Católica em Arapiraca. O monsenhor foi flagrado em um vídeo mantendo relações sexuais com um jovem de 19 anos. Em depoimento, o jovem afirma que foi aliciado pelo religioso quando tinha apenas 12 anos e exercia a função de coroinha.
Na residência do religioso, construída com a ajuda da comunidade católica de Arapiraca, a polícia ainda encontrou bebidas alcoólicas e lubrificantes. Durante seu depoimento, Luiz Marques negou as acusações de pedofilia e pediu perdão à população.
O escândalo sexual em Arapiraca ainda envolveu o monsenhor Raimundo Gomes, o padre Edílson Duarte (réu confesso) e o padre Enaldo da Mota.
Além do monsenhor Luiz Marques, que após ficar preso no 3º Batalhão de Polícia Militar foi beneficiado com prisão domiciliar, foram presos por falso testemunho a empregada doméstica e o motorista do religioso, ambos já liberados por determinação judicial.
No despacho do juiz John Silas, o magistrado afirmar que aceitou o pedido de revogação de prisão porque padre não representa perigo para o andamento processual.