O Conselho Integrado de Políticas de Inclusão Social aprovou a liberação de recurso do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep) para atender às necessidades solicitadas pelo Centro Educacional São Bartolomeu, visando fortalecer a Cooperativa de Catadores da Vila Emater. Foram aprovados para esta ação R$ 511 mil, atendendo a 80 famílias que vivem da reciclagem de lixo na capital alagoana.
Segundo a secretária de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social, Solange Jurema, aprovar a liberação deste recurso foi fundamental nesta hora que os catadores estão passando por um momento de muita vulnerabilidade. “Com estes recursos, eles poderão criar alternativas de renda, apoiando e qualificando iniciativas em cursos voltados para a formação e o trabalho de catadores que retiram seu sustento em atividades de seleção e comercialização de materiais recicláveis no lixão”, afirmou.
O Fecoep tem como objetivo viabilizar à população de Alagoas o acesso a níveis dignos de subsistência, cujos recursos devem ser aplicados exclusivamente em ações suplementares de nutrição, habitação, educação, saúde, saneamento básico, reforço de renda familiar e em outros programas de relevante interesse social, voltados para a melhoria da qualidade de vida.
De acordo com a secretária executiva do Conselho, Ismenia Lessa, o recurso foi aprovado para criar um sistema de autogestão com uma metodologia de intervenção social voltada para o desenvolvimento deste público. “A linha de trabalho do conselho é atender esse projetos que não são meramente assistencialistas, mas promovem a inclusão social”, disse.
Ainda de acordo com ela, firmando o convenio com o Centro Educacional São Bartolomeu, será possível desenvolver a cultura de reciclagem e valorizar os catadores como agentes ambientais.
Em sua solicitação, o Centro de Educação Ambiental São Bartolomeu alegou a situação em que se encontram as famílias que sobrevivem catando materiais recicláveis no lixão de Maceió, após o encerramento das atividades. O Centro é uma ONG que vem trabalhando no desenvolvimento institucional de uma organização autogestionária.
Eles apresentaram uma proposta de fortalecimento da cooperativa, bem como, o apoio aos catadores para transição de atividades de intenso risco e condições insalubres para a prática da coleta seletiva a partir da sensibilização para a pré-seleção de materiais na origem pela população.
A cooperativa foi regulamentada recentemente e encontra-se em plenas condições institucionais de exercer o trabalho de coleta seletiva, necessitando, no entanto, de capacitação e estruturação física para o desempenho de suas novas funções como operadoras deste serviço.