Para o governador do Estado de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), que deve partir para a reeleição este ano, a candidatura do senador Fernando Collor de Mello (PTB), ao Palácio República dos Palmares, “não é uma surpresa”. Ao ser indagado sobre a presença de Collor no pleito, durante uma solenidade, Vilela respondeu que estava trabalhando e governando o Estado e que não discutiria política antes do tempo.
Teotonio Vilela Filho voltou a ressaltar que o momento de falar em eleições é só em junho e que até lá seu foco são as ações desenvolvimento do Estado de Alagoas. “Só cuido de política a partir de junho”. O chefe do Executivo estadual deve ter dois adversários de peso: Fernando Collor e Ronaldo Lessa (PDT), caso as duas candidaturas venham de fato a se confirmar.
Lessa e Collor dividem a base federal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Alagoas. Enquanto a possível candidatura de Vilela, apesar da aliança com o PP, traz para o palanque o tucano presidenciável José Serra. Vilela não avaliou como fica o cenário com Collor, mas salientou que “não era uma surpresa o anúncio de sua candidatura, porque ele dava sinais neste sentido”.
Fernando Collor assumiu que é candidato ao Governo do Estado de Alagoas na manhã de ontem, dia 10, durante uma entrevista ao radialista França Moura, na Rádio Jornal. Desde então, os partidos que integram a base de Luiz Inácio Lula da Silva em Alagoas têm procurado reforçar – como fez o próprio PT local, presidido por Joaquim Brito – o apoio ao ex-governador Ronaldo Lessa.
A expectativa é que na próxima semana, dia 24, o ministro do Trabalho e presidente do PDT, Carlos Luppi, venha ao Estado de Alagoas para reforçar este apoio nacional, ou não. Antes disso, o próprio Lessa deve se decidir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na tentativa de “consolidar” sua candidatura, mesmo com a presença de Collor no pleito.