Acontece nos próximos dias 21, 22 e 23, em Aracaju, o 19º Congresso Regional do Sindicato dos Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos de Alagoas e Sergipe – Sindipetro AL/SE. O evento, que reúne trabalhadores dos dois Estados, tem por objetivo discutir as demandas da categoria e definir estratégias de ação em questões que afetam diretamente os trabalhadores, como o novo marco regulatório do petróleo, descoberta do Pré-Sal e o impacto para a economia do Brasil e Campanha Salarial dos químicos e petroleiros.
A abertura do encontro ocorrerá nesta sexta-feira (21), a partir da 20 horas, com o painel de debate que tem como tema: “Os Petroleiros na Reorganização Sindical e nas Eleições Gerais”. No sábado (22), a categoria vai discutir o desenvolvimento da Campanha O Petróleo tem que ser nosso, além da defesa da Petrobrás 100% estatal e dos campos terrestres de produção pertencentes à companhia. Em seguida, a questão da mulher petroleira ganha destaque com o tema: “A mulher, a opressão e o racismo no mundo do trabalho”.
Para a direção do Sindipetro AL/SE, a realização do evento ocorre no momento importante em que se discute no Congresso Nacional mudanças na atual legislação sobre o petróleo. “O que nós defendemos juntamente com a Frente Nacional dos Petroleiros (FNP) e a Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas) é a retomada do monopólio estatal, para se contrapor a Lei 9478/97, criada no governo Fernando Henrique Cardoso, que prevê entre outros prejuízos para o país, a entrega dos nossos ricos blocos petrolíferos às empresas estrangeiras”, disse o dirigente sindical Victor Bello.
É nesse contexto, afirma o dirigente, que o encontro terá o papel de exteriorizar esse debate para toda a sociedade, na perspectiva de criar um amplo movimento nacional em defesa do controle estatal do petróleo e gás brasileiros. “Vamos aproveitar para discutir de que forma podemos envolver mais a população na temática do pré-sal que, em nossa opinião, impõe um novo modelo social e econômico, que priorize a distribuição de renda e resgate a dívida que o país tem com as populações pobres”, defendeu Bello.