Lessa admite que vice pode não ser do PMDB
O ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) – que disputará o Governo do Estado nas eleições deste ano – destacou que confia na aliança com o PMDB do senador Renan Calheiros. Durante o fim de semana, se cogitou a possibilidade de uma traição. O presidente nacional do PTB chegou a afirmar que Lessa estava sendo incinerado pelo senador peemedebista, que na reta final abandonaria o grupo.
Ronaldo Lessa destacou que acredita na posição de Renan Calheiros e voltou a afirmar que não há dubiedade quanto a isto. O ex-governador rebateu, inclusive, as informações de bastidores de que estaria costurando uma indicação de Olavo Calheiros (PMDB) – irmão de Renan Calheiros – para ser seu vice, para evitar uma traição. De acordo com ele, a aliança com o PMDB independe disto.
Conforme Lessa, a possibilidade de Olavo Calheiros ser seu vice não é sequer definida. “O PMDB já tem espaço na chapa com a indicação de Renan Calheiros ao Senado Federal. Se o Olavo for o vice, vai ficar PMDB demais. Várias pessoas cogitaram que o Olavo como vice seria uma forma de comprometer Renan com o processo, para evitar uma traição, porque já teríamos sido traídos pelo PTB e pelo PP. Nós, não enxergamos assim”, colocou.
Na avaliação de Ronaldo Lessa, Renan Calheiros não tem dado sinais de que vai mudar de lado. “Quando o Collor o chamou, ele não aceitou. O Renan definitivamente está envolvido no projeto”, frisou. De acordo com o pré-candidato do PDT ao Governo, até o PT – que é tido como descartado nos bastidores – pode ter a possibilidade de indicar o vice, desde que não seja o delegado federal aposentado José Pinto de Luna (PT), que é pré-candidato ao Senado Federal.
Lessa demonstrou insatisfação com as últimas declarações do petista, que questionou se o ex-governador era de fato o candidato de Lula em Alagoas. “Não sabia que ele era pai de santo para adivinhar as coisas, ele não estava na reunião que tive com o presidente em Brasília (DF).
Ronaldo Lessa elogiou a postura do prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PP), que segundo o ex-governador ainda mantém a coerência de estar ao seu lado. “A posição do prefeito é elogiável, pois se mantém do mesmo lado. Quem saiu foi o PP por razões pessoais do Benedito de Lira. A posição do Cícero, assim como a do prefeito de Rio Largo, Toninho Lins (PSB), e do de Arapiraca, Luciano Barbosa (PMDB), são elogiáveis”.
De acordo com Lessa, a formação da frente de oposição em torno de seu nome tem sido transparente. “É a melhor coisa para evitar as especulações”, frisou. Ainda quanto ao vice de sua chapa, Lessa espera uma lista do PT para também discutir nomes. Até o presente momento, segundo o ex-governador, estão com ele PDT, PMDB, PT, PCdoB, PV, PR, PRP, PSL. “Negociamos ainda a vinda do PSDC”, finalizou.
