Técnicos do Núcleo de Vigilância a Agravos de Veiculação Hídrica/Alimentar da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), dos órgãos de vigilância à saúde do Estado, do município de Maceió, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Lacen e dos serviços de assistência como Hospital Hélvio Auto e Samu definiram, nesta quinta-feira (27), no auditório Artur Ramos, o Plano Operativo para Eventos em Saúde Pública em portos e aeroportos.
A ação tem como foco as doenças transmitidas por alimentos, principalmente a cólera, e atende recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde (MS), devido ao perfil da doença em vários países do continente africano, especialmente na África do Sul, onde em 2008 foram notificados, segundo a OMS, 1.194 casos com 12 óbitos.
De acordo com a técnica do Núcleo de Vigilância a Agravos de Veiculação Hídrica/ Alimentar, Fabíula Tormena, muitos brasileiros irão para África do Sul e países vizinhos (com suspeita de cólera), acompanhar os jogos da Copa do Mundo. “Por conta disso, se faz necessário fazer um planejamento conjunto com estrutura operacional para se enfrentar situações emergenciais que possam surgir”, explicou.
A reunião serviu para que os representantes de cada órgão envolvido com ações de vigilância à saúde e assistência discutissem suas atribuições e estabelecessem protocolo e fluxo de notificações em eventos de Doenças de Transmissão alimentar (DTA) ou possíveis casos de cólera identificados em turistas em trânsito no porto e aeroporto de Maceió. O técnico da Anvisa e um dos responsáveis pela elaboração e organização do plano, Olimar Cardoso dos Santos destacou a importância de se definir as atribuições de cada órgão para não haver conflito.
Ficou definido, por exemplo, que em caso de surto notificado em aeronaves e embarcações, a Anvisa, órgão responsável pelas ações de vigilância sanitária nos portos e aeroportos, acionará a Secretaria Municipal de Saúde de Maceió para desenvolver as ações de campo em parceria com vigilância epidemiológica e Lacen. Caso o Município necessite de ajuda, acionará o Estado.
Segundo Fabíula desde 2007 que Anvisa mantém contato diário com a Sesau por intermédio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), informando sobre a ocorrência ou não de eventos de interesse em saúde pública. Em 2009, a integração foi intensificada em função da pandemia da Influenza A (H1N1).
Além disso, a Sesau e Anvisa atuam em parceria para intervenções realizadas na resposta a alguns eventos em embarcações, como casos suspeitos de: varicela, malária, meningite e outros. “Em muitos casos também se fez necessário, além da área de vigilância em saúde, a área de assistência por intermédio do Hospital Escola Hélvio Auto e Samu”, acrescentou Fabíula Tormena.