A Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) recebeu mais três denúncias de supostos excessos cometidos por policiais militares. Cópias dos depoimentos prestados pelas vítimas foram encaminhadas nesta quarta-feira (09/06) ao Comando e à Corregedoria da Polícia Militar de Alagoas e ao Ministério Público Estadual.

A primeira vítima relatou à Comissão de Direitos Humanos da OAB/AL ter sido abordado por uma guarnição da Rádio Patrulha quando se dirigia a casa de uma tia no Benedito Bentes, em companhia do irmão e de um filho de oito anos. Segundo o depoimento, com armas em punho, os três policiais teriam agido de forma truculenta, espancando-os com socos e pontapés na presença da criança e moradores da localidade.

O segundo caso relatado, um morador do bairro da Ponta Verde disse ter sido ameaçado por um cabo da Polícia Militar, no condomínio onde ambos moram. O policial teria batido no peito do denunciante e o ameaçado com uma pistola.

A outra denúncia foi feita por um morador do município de São Luiz do Quitunde, no Norte do Estado. O relato dá conta de que oito policiais encapuzados e fortemente armados teriam invadido a residência do denunciante apontado armas para ele e seus filhos menores, que foram obrigados a deitar no chão. Ao fazerem a revista na casa, teriam aberto a geladeira e bebido água na boca da garrafa e levado o celular da vítima. O denunciante disse só ter ficado sabendo que se tratava de policiais militares ao procurar o delegado da cidade. A vítima disse que seus filhos ficam traumatizados e que uma delas, de oito anos, não consegue mais dormir sozinha.

Segundo o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/AL, advogado Gilberto Irineu, é crescente o número de casos de abuso de poder de polícia e ações fora dos parâmetros de legalidade que são relatados por vítimas. “Esperamos que o comando da PM e a Corregedoria investiguem os casos e deem a resposta que aos cidadãos vitimados e à própria sociedade “, afirmou.

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