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Aracaju (10 jun) – O Ministério Público Federal em Sergipe (MPF/SE) denunciou 12 empregados aposentados da Petrobras por formação de quadrilha e estelionato. Em esquema fraudulento, os réus atestavam falsamente que eram portadores de câncer para sacar benefícios do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) junto à Caixa Econômica Federal (CEF).
As investigações que desarticularam o esquema começaram através do depoimento da médica que supostamente assinava os atestados dos falsos pacientes do serviço de Oncologia do Hospital de Urgências de Sergipe (Huse). Foi constatado que os beneficiários não eram pacientes de câncer, que as assinaturas da médica foram falsificadas e que o Huse, à época dos fatos, não tinha condições de gerar os laudos médicos apresentados à CEF.
A primeira pessoa a ser presa em flagrante foi o aposentado da Petrobras Luiz Carlos Santos, conhecido como Luizão, apontado como um dos responsáveis pela falsificação dos documentos necessários aos saques irregulares do FGTS.
Em depoimento, Luizão afirmou que tanto os atestados como os laudos médicos eram providenciados por Marcus Vinicius Milet, que trabalhava à época para uma empresa que prestava serviço ao Huse, e cobrava de 10% a 20% dos valores sacados pelos beneficiários. O esquema contava ainda com as participações de Edson Santos, Lealdo da Silva Porto e uma pessoa identificada apenas como João.
O procurador da República Eduardo Pelella, que assina as denúncias, ressalta que até onde as investigações alcançaram, o esquema resultou em um prejuízo superior a R$ 75 mil. Ele esclarece ainda que nos depoimentos dos réus foram citados nomes de diversas envolvidos ainda não identificados e que, por isso, é necessária a continuação das investigações desse esquema.
Processo
Marcus Vinicius Milet, Luiz Carlos Santos, Edson Santos, Lealdo da Silva Porto e João estão sendo denunciados por formação de quadrilha e estelionato. Já Rivaldo Dias de Melo, Míriam da Silva Amorim Melo, Carlos Gomes da Silva, Osvaldo dos Santos, José Luiz de Oliveira, Antônio Carlos Félix Garcia, Eliezer Sacramento Santos e José Teófilo de Barros respondem por estelionato.