Do Jornal do Commercio
Policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE) prenderam, na tarde dessa sexta-feira (11), o advogado José Ricardo Cavalcanti de Amorim, 42 anos. Ele é acusado de ter mandado matar, no dia 2 de julho de 2009, a própria esposa, a também advogada Karina Lígia Cruz Amorim, 41 anos. Ela foi executada a tiros no escritório que dividia com a mãe, a irmã e o acusado, no quilômetro 26 da BR-101 Norte, em Igarassu, Grande Recife. O assassino chegou ao local se dizendo cliente da vítima.
Além de José Ricardo, outras cinco pessoas estão detidas por participar direta ou indiretamente do crime, entre elas a ex-amante de José Ricardo, a irmã dele e o autor do disparo. O delegado titular do GOE, Cláudio Castro, não quis adiantar os nomes. “Todos foram detidos mediante mandado de prisão. José Ricardo foi o autor intelectual”, afirmou. Os detalhes serão revelados para a imprensa na próxima segunda-feira, às 15h30. Antes, às 10h, a polícia fará a reconstituição do homicídio, no escritório onde o assassinato aconteceu. O delegado não informou se os acusados participarão da encenação.
No dia do crime, José Ricardo chegou ao escritório momentos após o homicídio. Chorava bastante. Por segurança, o delegado não disse onde os acusados estão detidos.
O CRIME – A morte de Karina Lígia causou grande comoção em Igarassu. A advogada atendia uma pessoa, a quem dispensou para receber o assassino, que chegou se passando por cliente. Momentos após o bandido entrar na sala, a secretária escutou dois disparos. O homem saiu correndo a pé. Dois tiros atingiram o ombro esquerdo de Karina. Um deles, transfixante, acertou o pescoço da advogada e saiu pela boca.
Peritos da Polícia Científica identificaram também um ferimento à bala abaixo do olho esquerdo, onde o projétil ficou alojado no osso, sugerindo que pode ter havido um terceiro disparo. “Os sapatos dela estavam ao lado da cadeira, o que leva a crer que a vítima estava sentada, relaxada. Mas, pela posição do corpo, ao avistar a arma, ela deve ter se levantado e se virado para se proteger, por isso os disparos atingiram o ombro esquerdo”, avaliou, na época, um dos peritos.