O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta terça-feira (22) que embarca nas próximas horas para Alagoas e Pernambuco para verificar os danos provocados pelas enchentes na região. Segundo o ministro, foram traçados dois focos na estratégia de auxílio às vítimas: habitação e saúde.
“Vamos focar em dois conjuntos nessa logística inicial. Uma diz respeito à habitação, que envolve barracas, alimento, água potável e envolve também energia. E a segunda, saúde, que diz respeito a medicamentos e hospitais”, afirmou depois de participar da primeira parte da reunião do Gabinete de Crise da Presidência da República, em Brasília.
De acordo com o ministro, será feita uma avaliação do papel que as Forças Armadas poderão desempenhar na recuperação dos municípios afetados pelas chuvas.
“Vamos fazer um levantamento e vou ver todas as Forças Armadas lá, principalmente o Exército. A força de logística do Exército para dar acompanhamento e tentar minimizar os efeitos desses fatos”, disse. Jobim afirmou ainda que estuda o envio de efetivo do Exército para Alagoas e Pernambuco. O número de militares será definido durante a visita à região.
Gabinete de crise
O Gabinete de Crise da Presidência está reunido desde 10h para discutir formas de ajudar Pernambuco e Alagoas. Deve ser definido nesta manhã, os recursos que o governo federal vai disponibilizar para a região. Nesta segunda (21), o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que “não faltará dinheiro” do Executivo para o auxílio às vítimas. Ele explicou que já existe um saldo de uma medida provisória editada neste mês que previa R$ 1,2 bilhão para estados e municípios de todo o Brasil atingidos por desastres naturais.
Ele não adiantou o montante que poderá ser destinado especificamente para Alagoas e Pernambuco. A liberação final dos recursos também vai depender da apresentação de um relatório, por parte dos governadores, com detalhes dos danos provocados pelas chuvas.
Chuvas
As fortes chuvas em Alagoas e Pernambuco no último fim de semana provocaram mortes e deixaram milhares de desalojados. Em Alagoas, 177 mil pessoas foram atingidas. Pelo menos 15 municípios estão em situação de calamidade pública. A Defesa Civil confirmou 29 mortes. Mais de 4,1 mil casas foram destruídas.
A situação também é crítica em Pernambuco. De acordo com a coordenadoria de Defesa Civil (Codecipe), 54 municípios registraram estragos causados pela chuva. Trinta estão em situação de emergência e nove decretaram calamidade pública. Doze pessoas morreram. Mais de 40 mil tiveram de deixar suas casas.