A Polícia Civil de Alagoas prendeu na manhã desta terça-feira, dia 22, o suposto réu confesso pelo brutal assassinato do funcionário aposentado da Assembleia Legislativa de Alagoas, Aroldo Cirilo, de 48 anos. Manoel José da Silva, 24, assumiu o crime e alegou que estava sendo ameaçado pela vítima desde que teria posto um fim ao relacionamento.
Manoel foi preso em sua residência, no bairro do Jacintinho, e já se encontra detido na Casa de Custódia da Polícia Civil. A polícia chegou até o acusado através de uma foto encontrada no apartamento de Aroldo. O porteiro do prédio, que estava de plantão no dia do crime, reconheceu Manoel através da foto.
De acordo com a delegada do 6° Distrito Policial, Maria de Fátima Menezes, ele confirmou que tinha um relacionamento amoroso com a vítima e assumiu o crime. “Ele alegou que estava sendo ameaçado por Aroldo desde que teria tentado pôr um fim no relacionamento, mas essa informação é contestada uma vez que Manoel levou diversos objetos da casa de Aroldo após o crime”, explicou a delegada.
Na casa de Manoel, a polícia encontrou a “machadinha” que pode ter sido utilizada no brutal assassinato. A mãe de Aroldo reconheceu o artefato como sendo o mesmo que o filho utilizava para cortar carne e que teria desaparecido do apartamento após o crime.
O acusado vai ser indiciado por crime de latrocínio, matar para roubar. O acusado teve a prisão decretada pela 10ª Vara Criminal, e foi localizado e preso na Grota do Cigano, no bairro do Jacintinho. Maria de Fátima vai, diante das evidências, solicitar a prisão preventiva de Manoel.
Ainda segundo a delegada, os objetos levados no dia do crime foram encontrados com Manoel José e reconhecidos por familiares da vítima. Foram levados do apartamento de Aroldo, roupas, celular, documento e um relógio da vítima.
Crime
Aroldo Cirilo foi encontrado morto no final do dia 8 deste mês no apartamento onde morava – Edifício Adriano, no Conjunto Jardim Vaticano – no bairro de Mangabeiras. O brutal assassinato teria ocorrido na noite anterior, dia 7, após a vítima receber uma visita. O algoz entrou no prédio com autorização de Aroldo, segundo informações da portaria.
Ainda durante a noite quando foi assassinado, vizinhos de Aroldo chegaram a ouvir gritos de socorro vindos do apartamento 203, mas não acionaram a polícia ou mesmo verificaram se o vizinho estava bem.
Aroldo foi encontrado morto, em meio a uma grande quantidade de sangue, com o rosto coberto por um lençol no chão do único quarto do apartamento. Segundo os agentes de polícia, o quarto da vítima está todo revirado. Há ainda sinais de luta corporal. A vítima foi assassinada com golpes de arma branca.