Esta semana, o governo do Estado colocou em prática um projeto inovador que substitui militares por civis nas recepções do Palácio do Governo. O projeto é protagonizado pelo Poder Executivo, por meio do Gabinete Civil.
A partir de agora, os postos de recepção e telefonia são ocupados por onze recepcionistas que foram selecionadas e treinadas durante uma semana com palestras educativas sobre etiqueta, ética, cidadania e segurança.
Parte dos militares voltaram para as ruas e outra parte continua fazendo a segurança do Palácio.
“A medida corrige uma distorção histórica no Palácio do Governo e se refere aos militares que estão fora de suas funções”, disse o secretário-chefe do Gabinete Civil, Álvaro Machado.
Ontem a Assembléia Legislativa derrubou o projeto do Executivo, e apenas os deputados Rui Palmeira (PSDB), Paulo Fernando dos Santos (Paulão do PT) e Judson Cabral (PT) votaram a favor da proposta apresentada. Se fosse aprovada, a população contaria com um número maior de policiais nas ruas.
Mesmo assim, no Palácio do Governo os militares continuam sendo substituídos por civis nas recepções.
O Conselho Estadual de Segurança Pública havia exigido que os demais poderes e órgãos do Governo, aos poucos, se adaptem à nova medida de restituição dos militares às ruas.
Acatando a resolução do Conselho, o governador Teotonio Vilela Filho encaminhou à Assembléia Legislativa do Estado o Projeto de Lei que extingue as assessorias militares em todos os poderes, permanecendo apenas o Gabinete Militar do Governador e, mesmo assim, com sensível diminuição de pessoal.
“Desde o início deste período administrativo, tenho me empenhado em diminuir o número de policiais existentes nas Assessorias Militares. E o fiz. No primeiro dia do meu governo, encontrei 234 policiais militares trabalhando no Gabinete Militar, quando o quantitativo legalmente previsto é de 206. Não me ative ao número encontrado e reduzi em 27% esse contingente, passando para 172 o número de policiais lotados no Gabinete Militar”, afirmou o governador.