O governador Teotonio Vilela apresentou nesta quinta-feira, 24, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os números globais da tragédia em Alagoas por ocasião das enchentes que afetaram, pelo menos, 28 cidades dos vales do Mundaú e do Paraíba. O boletim entregue foi atualizado até às 11h55, desta quinta-feira pela Defesa Civil estadual.

Lula chegou a Alagoas no fim da manhã para acompanhar de perto a destruição em vários municípios, por causa das chuvas e transbordamentos de rios desde a última sexta-feira no Estado. E nesta tarde sobrevoou a cidade de Rio Largo na companhia do governador do Estado.

No relatório, 7.700 casas foram danificadas e 11.600 foram completamente destruídas. Quanto ao número de desabrigados em todo Estado, o quadro é de 26. 700 até este boletim; e o quantitativo de desalojados é de 47. 700 pessoas fora de suas casas.

Em relação aos desaparecidos, o número atualmente é de 135 pessoas. Uma das razões para a diminuição dos números em comparação ao boletim anterior foi o resgate de pelo menos 56 pessoas pertencentes à comunidade quilombola do povoado Muquém, em União dos Palmares.

Já o número de mortos por causa da tragédia é de 29 pessoas.

A totalização dos números de pessoas atingidas pela tragédia, segundo a Defesa Civil, chega a 200 mil pessoas dos dois Vales: a do Mundaú e ao Paraíba.

Infraestrutura e Transnordestina: mais destruição

De acordo com o relatório apresentado ao presidente, o quadro geral deixado pelo rastro de destruição na área de infraestrutura do Estado apresentou 200 km de rodovias danificadas e 620 km de estradas, além de sinais e vias urbanas.

Ainda segundo o relatório, 58 pontes foram danificadas e 150 km de rodovia da Transnordestina foram destruídos no trecho do Estado.
Em relação a cidades sem potencial energético, quatro municípios ainda apresentam o problema: Branquinha, Santana do Mundaú, São José da Laje e Ibateguara.

Em relação à falta de água, a situação mais grave está em seis municípios: Palmeira dos Índios, Cajueiro, Capela, Santana do Mundaú, Branquinha, Murici, além do Distrito de Rocha Cavalcante, na cidade de União dos Palmares.

Para minimizar esse problema, foram enviados aos municípios 330 mil litros de água potável, com previsão de chegada para esta quinta-feira de mais 34 mil litros.

Quanto ao problema com serviços de telefonia e falta de comunicação, as cidades atingidas foram Santana do Mundaú, Ibateguara, São José da Laje e Branquinha.

Principais ações e voluntariado envolvido na tragédia

Para minimizar o sofrimento de milhares de alagoanos, várias ações e procedimentos foram adotados, entre elas a montagem de um hospital de campanha na cidade de Santana do Mundaú e montagem de hospitais de referência nos municípios de União dos Palmares, Murici e Maceió.
Além disso, todas as unidades receberam 22 kits com material de saúde básica, cada kit com capacidade para atender mil pessoas contendo soro e primeiros socorros.

O número de pessoas envolvidas no trabalho, no apoio e solidariedade da tragédia é de cerca de 200 voluntários; 350 homens do Exército; 400 do Corpo de Bombeiros de Alagoas; 30 do Corpo de Bombeiros de São Paulo e 30 do Corpo de Bombeiros da Força Nacional. Da Polícia Militar de Alagoas estão envolvidos 520 policiais e mais 167 da Polícia Rodoviária Federal (PRV).

“Em números gerais, recebemos até o momento 8 mil cestas básicas provenientes da Companhia Nacional de Abastecimento em Alagoas, 45 toneladas entre alimentos, água potável e mantimentos da Infraero e cerca de 2 mil cestas básicas recebidas no Quartel-Geral do Corpo de Bombeiros doados pela população, empresas, ONGs e instituições religiosas, entre outros”, informou o major CB Sandro Oliveira.

De acordo com Defesa Civil, já foram distribuídos 2.800 colchões com a chegada prevista para esta quinta-feira de mais 2.700. Já em termos de cestas básicas, foram distribuídos 8 mil cestas básicas com previsão de distribuição para esta quinta-feira de mais 3 mil.

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