Numa área de aproximadamente 160 mil metros quadrados, já definida pelos técnicos do Programa da Reconstrução do governo de Alagoas e da prefeitura, o município de Murici começa a mudar sua geografia com a instalação do acampamento provisório e a preparação do terreno onde serão construídas as casas para as famílias desabrigadas, vítimas das enchentes.
A partir da próxima quinta feira (29), de acordo com a previsão dos técnicos da prefeitura de Murici e se o clima colaborar, as famílias que estão em abrigos coletivos passam a ocupar as barracas montadas na fazenda Tabocal. “Nossa meta é de que as famílias se instalem nas barracas o mais rápido possível”, garantiu o prefeito Remi Calheiros ao coordenador do Programa da Reconstrução, Luiz Otavio Gomes.
“Murici terá uma nova cidade e mais afastada do rio Mundaú”, afirmou Luiz Otávio em visita ao terreno onde estão sendo montadas as barracas e onde vão ser construídas as 2.500 novas residências. Segundo ele, o início da construção das casas está previsto para a primeira quinzena de agosto.
A determinação do governador de Alagoas é de que todas as famílias que estão em abrigos coletivos, como galpão, escolas, ginásios de esportes e igrejas, sejam instaladas em acampamentos individuais. O governo do estado já dispõe de 10.500 barracas para instalar, provisoriamente, as famílias atingidas pelas enchentes.
Como explica o coordenador do Programa da Reconstrução, Luiz Otávio Gomes, cada acampamento terá uma estrutura com posto policial, psicólogo, assistente social e área de uso comum e de lazer.
Em Murici existem 7 mil pessoas desalojadas e 1.864 desalojadas. Duas pessoas continuam desaparecidas e foram registrados, de acordo com laudos do IML, cinco óbitos.
A visita ao terreno dos acampamentos e das casas foi feita pelos secretários Luiz Otávio, Alex Gama, Adriano Augusto, Solange Jurema, Polyana Santana e pelo cel. Leite, do Corpo de Bombeiros.