Belo Horizonte (Minas Gerais) – Após entregar o inquérito que apurou o desaparecimento e morte de Eliza Samudio ontem à Justiça e ao Ministério Público de Minas Gerais, o delegado Edson Moreira afirmou que as provas obtidas no decorrer da investigação revelaram que o goleiro Bruno premeditou todo o crime.
Também ontem, a polícia mineira pediu a prisão preventiva de Fernanda Gomes de Castro, amante do goleiro, e corrigiu a informação divulgada de que só ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Neném, fora indiciado por homicídio triplamente qualificado. Na verdade, todos os nove acusados deverão responder pelo crime. Com isso, somadas as penas dos seis crimes, o jogador pode ser condenado a até 45 anos de prisão.
"Bruno aproveitou o momento de comoção do País durante a Copa do Mundo para matar", resumiu o delegado Edson Moreira, que disse ainda que a quantidade de provas técnicas não deixa dúvidas sobre a morte de Eliza.
Segundo Moreira, a data escolhida por Bruno foi justamente durante a Copa porque haveria uma pausa no Campeonato Brasileiro, e os jogadores receberiam folgas dos clubes. Com isso, a ausência do goleiro não seria notada no Flamengo.
Apesar do encerramento das investigações, as buscas pelo corpo de Eliza continuam. "Desde o inicio eles se juntaram com a finalidade de matar a Eliza. Sabiam que não poderiam soltá-la porque seriam denunciados. Por isso, entendemos que devem responder pelos mesmos crimes, independente da participação de cada um na trama", explicou o delegado.