O policiamento comunitário que já vem sendo desenvolvido pela Polícia Militar de Alagoas desde o ano passado ganha agora um reforço. Agentes da Guarda Municipal passaram nas duas últimas semanas por uma capacitação sobre a filosofia que norteia as bases dessa modalidade de policiamento. As instruções ocorreram no Centro de Gerenciamento de Crises, Direitos Humanos e Polícia Comunitária da PM e contou com a participação de agentes da GM e policiais do 5º BPM, responsável pelo policiamento no bairro do Tabuleiro do Martins.
Na manhã de hoje, foi iniciado o estágio com os novos disseminadores da filosofia de polícia comunitária. Pela manhã e a tarde, a equipe formada por seis guardas municipais e três policiais militares visita as residências do conjunto Cidade Sorriso II, localizado na região do Benedito Bentes, reunindo dados e conhecendo os principais problemas do local. À noite, o policiamento continua através de rondas ostensivas com o apoio do 5º BPM e unidades especializadas.
Provisoriamente, a base de segurança comunitária funciona no prédio do Centro de Referência e Assistência Social do município (CRAS). Nos próximos dias, a base passará a funcionar em uma escola anexa ao centro. Após o estágio, haverá o lançamento oficial do policiamento comunitário no conjunto.
O convênio entre o Governo do Estado e a Prefeitura de Maceió, que estabelece o trabalho da Polícia Militar e da Guarda Municipal em conjunto foi publicado no Diário Oficial de 18 de maio de 2010.
Inspiração no método Koban
O policiamento que será implantado no conjunto Cidade Sorriso II seguirá os moldes do já existente no conjunto Selma Bandeira que implantou o policiamento comunitário há cerca de um ano. As bases que norteiam essa filosofia de policiamento segue o Método Koban, existente há 180 anos no Japão.
O método Koban, que significa “vigilância por troca”, serviu de modelo para a implantação do policiamento comunitário nas polícias militares do Brasil, entre elas a alagoana. No país oriental, algumas bases comunitárias chegam a funcionar na residência do próprio policial. A ele cabe oferecer soluções para resolver os principais problemas dos moradores, seja na área de segurança ou em qualquer outra área na qual o poder público possa prestar assistência.
Desenvolver projetos de combate à criminalidade no Japão tem tido uma contrapartida positiva da população. Cerca de 85% das ocorrências são resolvidas sem o uso da força policial e ao todo 6.185 Koban funcionam no país.