Novo Brasil ataca forte e vence os Estados Unidos

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Velocidade, dribles, pedaladas, alegria… Os ingredientes que faltavam à Seleção Brasileira estão de volta. Pelo menos no primeiro amistoso da era Mano Menezes foi assim. Bem organizado defensivamente e ofensivo como nos bons tempos, o Brasil não teve trabalho para fazer 2 a 0 nos Estados Unidos nesta terça-feira.

O estádio New Meadowlands, em Nova Jersey, lotado de fãs da Seleção Brasileira teve espaço até mesmo para gritos de olé. Não poderia ser diferente com Paulo Henrique Ganso, Neymar e Robinho em campo. O trio que brilhou no Santos no primeiro semestre ainda estava reforçado por Alexandre Pato.

Foram dele e de Neymar, cotados para formarem a dupla em 2014, os primeiros gols do Brasil na era Mano. O santista, por sinal, se junta a outros craques brasileiros que marcaram em sua estreia com a camisa amarela, como Pelé, Zagallo, Jairzinho, Zico e Rivaldo. Apenas para citar os mais importantes deles.

A série de amistosos visando a Copa do Mundo de 2014 no Brasil tem mais dois capítulos em setembro. A CBF ainda não divulgou os adversários, mas nos dias 3 ou 4 e 7 ou 8, o time de Mano Menezes fará mais duas partidas. Se as atuações forem iguais à dessa noite, o torcedor terá muito que comemorar.

Os primeiros minutos da Seleção Brasileira de Mano Menezes foram de susto. Aos dois, Donovan recebeu bom passe de Buddle, driblou David Luiz e saiu na cara do gol. André Santos, porém, chegou para cortar. Em seguida, Daniel Alves errou dois passes seguidos e tomou uma leve bronca do treinador.

Aqueles mais pessimistas até poderiam achar que o Brasil estava nervoso. Mas não deu tempo de a desconfiança ganhar espaço. Com cara de futebol brasileiro, a Seleção foi para cima dos Estados Unidos. Esses, sim, ficaram assustados. Toques rápidos e objetividade marcaram o primeiro tempo verde e amarelo.

Com Ganso comandando o meio de campo, o Brasil ganhou muita qualidade para construir jogadas. Até porque Neymar e Robinho se posicionaram muito bem pelas pontas e ganharam o apoio dos laterais Daniel Alves e André Santos. Tanto que foi em uma jogada de linha de fundo que saiu o primeiro gol da Seleção Brasileira.

Aos 28 minutos, Robinho deu belo passe para André Santos. O lateral apareceu bem na linha de fundo e cruzou na medida para Neymar abrir o placar de cabeça. Na comemoração, o atacante do Santos ajoelhou no gramado, apontou para o céu e ganhou um caloroso abraço coletivo dos outros companheiros.

Entregue ao futebol ofensivo do “novo Brasil”, os Estados Unidos não levavam perigor. Do outro lado, Howard cansou de ver os atacantes brasileiros em boa condição. E aos 45, ele evitou o segundo gol. Ganso tocou para Ramires, que colocou Pato na cara do gol. O atacante driblou o goleiro e rolou para a rede.

A seleção norte-americana voltou para o segundo tempo com três alterações. Já o Brasil de Mano Menezes optou por retornar com a mesma formação. E também com a mesma postura. Logo no primeiro minuto, Robinho fez ótima jogada pela esquerda e colocou Pato na cara do gol. Mas o atacante perdeu chance incrível.

Solto em campo, o Brasil quase marcou o terceiro aos sete minutos. Daniel Alves avançou e cruzou para o meio da área. Pato fez o corta luz e Neymar bateu em cima da zaga. No rebote, Robinho bateu de primeira, deslocando o goleiro e os zagueiros, mas a bola bateu caprichosamente na trave.

Aproveitando alguns erros de passe do Brasil, os Estados Unidos conseguiram mais espaços. Chegaram até a marcar aos 11 minutos, mas Bradley estava impedido quando cabeceou para o fundo do gol. Rapidamente, porém, o time verde e amarelo retomou o comando do jogo e viu a torcida gritar “olé”.

Aos 28 minutos, uma nota triste. Ederson, que havia acabado de entrar no lugar de Neymar, se machucou em seu primeiro lance. Após receber a bola na direita, ele tentou um drible e sentiu lesão muscular. Ao forçar o cruzamento caiu no chão e não teve condições de continuar. Foi substituído por Carlos Eduardo.

A etapa final do amistoso não foi tão empolgante como a primeira, mas ao menos o Brasil acertou duas bolas na trave, com Robinho e Paulo Henrique Ganso. E a torcida, empolgada, calou os norte-americanos com "olé" e gritos de "Brasil, Brasil, Brasil". Poderiam, no entanto, ter gritado mais gols, não fosse o festival de gols perdidos pelo time de Mano no final.

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