Foi em um clima de muita emoção e pesar que o corpo do procurador Francisco Sarmento, 68 anos, foi sepultado na manhã deste domingo, no Cemitério Parque das Flores, em Maceió. Centenas de pessoas, entre amigos, parentes e integrantes do Ministério Público Estadual, compareceram ao sepultamento a fim de prestar a última homenagem ao corregedor-geral do MPE.
O corpo do procurador que faleceu na tarde de sábado, vítima de um infarto, foi velado durante toda a noite e madrugada no prédio-sede do Ministério Público Estadual. O cortejo fúnebre saiu logo cedo, com o corpo sendo levado em um carro do Corpo de Bombeiros, ladeado por dragões da cavalaria da Polícia Militar.
Antes disso, em uma cerimônia cívica, ainda no prédio-sede, o procurador-geral passou às mãos da viúva uma bandeira do Ministério Público, em forma de homenagem pelos 33 anos de dedicação do agente ministerial. A missa de corpo presente foi rezada pelo padre Manoel Henrique. O sepultamento foi acompanhado por militares das Forças Armadas, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar.
Impossibilitado de comparecer ao sepultamento, o governador Teotonio Vilela Filho telefonou para o procurador-geral de Justiça demonstrando toda a sua solidariedade com a família ministerial, e afirmando que o falecimento do prcurador Francisco Sarmento representa uma grande perda para o Estado de Alagoas.
Muito emocionado, o procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, afirmou ter perdido um grande amigo. “Ele foi um companheiro fiel, íntegro, dedicado e que sempre cumpriu muito bem sua missão no MP. O Ministério Público era uma de suas grandes paixões. Vai deixar saudade pela gentileza e a forma com que tratava as pessoas”, declarou.
“Francisco Sarmento foi sempre uma pessoa extremamente querida por todos nós, seus amigos. Era atencioso com todos, inteligente e sagaz, e sempre chamou atenção por seu espírito cívico em defesa da sociedade alagoana”, afirmou a promotora Adílza Freitas, presidente em exercício da Associação do Ministério Público (Ampal). "Deixa uma grande lacuna para o MP e para o povo de Alagoas", completou.
O presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (CONAMP), César Mattar Júnior, enviou uma nota lamentando o falecimento. Para a entidade, foi uma perda irreparável nos quadros do parquet alagoano e de todo o país. “O procurador de Justiça Francisco José Sarmento de Azevedo, em seus 33 anos de carreira no Ministério Público e em sua gestão à frente da Associação do Ministério Público de Alagoas (Ampal), sempre demonstrou uma atuação marcante e em favor da instituição e da sociedade”.
Francisco Sarmento deixou viúva, três filhos e quatro netos.