Dez policiais invadiram a casa do ativista Hari Prasad, em Hyderabad , na Índia, neste sábado (21), em busca de informações sobre a fonte anônima que cedeu uma urna eletrônica para pesquisa realizada pelo hacker no início do ano. Prasad não revelou o nome da fonte e foi levado a Mumbai – uma viagem de 14 horas – e acabou preso. Os policiares admitiram estar “sob pressão”, de acordo com uma conversa por telefone de Prasad com o colega J. Alex Halderman, professor na Universidade de Michigan.
Prasad e Halderman trabalharam juntos em um estudo que mostrou como uma urna eletrônica indiana poderia ser modificada para fraudar uma eleição. Eles também conseguiram fazer com que a urna pudesse ser controlada remotamente por um celular. As modificações propostas pelos pesquisadores seriam difíceis de notar.
Halderman é o mesmo pesquisador que mostrou este mês ser possível instalar o jogo Pac-man em urnas usadas nos Estados Unidos.
A pesquisa foi realizada com uma urna enviada a Prasad por uma fonte anônima em fevereiro. As autoridades indianas não permitem testes com as urnas, alegando que elas são “invulneráveis”, apesar das suspeitas de fraudes nas eleições do país.
Os resultados deixaram políticos e cidadãos em dúvida a respeito do sistema de votação eletrônica indiano. Houve quem pediu que o projeto inteiro das máquinas fosse abandonado. Segundo os especialistas, 16 partidos políticos mostraram preocupação com o uso de sistemas eletrônicos para contabilizar os votos.