Produtores de Leite de Alagoas e representantes do setor se reuniram esta manhã, na sede do Ministério Público Estadual (MPE) em Maceió, para definir quais as primeiras medidas que serão adotadas para combater a venda clandestina de leite in natura em Alagoas. Segundo a Cooperativa da Produção Leiteira de Alagoas (CPLA), estima-se que são comercializados 300 mil litros de leite por mês de forma ilegal em todo Estado.
A cooperativa revelou ainda que as cidades de Arapiraca e Maceió negociam 50 dos 300 mil litros de leite por mês. Por isso, o Ministério Público decidiu iniciar o trabalho de conscientização com produtores e comerciantes do município de Arapiraca, onde a prática é mais usual. Os promotores Napoleão Amaral e Dalva Tenório, da comarca do município e do Núcleo de Meio Ambiente, respectivamente, debateram a melhor forma de modificar a situação sem prejudicar os pequenos produtores e o comércio local.
“Iniciamos os trabalhos com essa primeira reunião para saber como trabalharemos para acabar com a venda de leite clandestino, sem que as pessoas que vendem sejam penalizadas, mais sim, conscientizadas. Nosso objetivo é proteger a saúde da população que consome esse alimento, já que o leite clandestino traz consigo uma série de riscos à saúde”, avaliou Dalva Tenório.
Para o presidente da CPLA, Aldemar Monteiro, com a ajuda do Ministério Público as ações de combate à prática terá mais eficácia e ganhará mais adeptos. “Fazer com que Arapiraca seja a primeira cidade é bastante sensata, já que lá o consumo de leite é alto. Nosso objetivo não é prejudicar, precisamos conscientizar o produtor para que ele adéque sua produção a realidade legal” lembrou Aldemar Monteiro.
A secretária de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), Inês Pacheco, também participou da reunião e ressaltou a importância de um estudo mais detalhado para que ninguém seja prejudicado. “Essa primeira reunião foi para montarmos uma agenda a fim de solucionarmos esse problema da venda clandestina de leite. Na próxima reunião, nós traremos dados mais concretos para que seja montado um mapeamento das áreas que daremos ênfase nesse combate”, declarou Inês Pacheco.