Débora Zampier, da Agência Brasil
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pediu às emissoras de rádio e televisão que suspendam a veiculação de propaganda institucional do tribunal sobre a importância do voto, que faz alusão a um falso dentista. A decisão veio após reclamação do Conselho Regional de Odontologia (CRO) de São Paulo, que considerou a propaganda uma “analogia infeliz”.
Em ofício encaminhado ao presidente do TSE, o CRO apoiou a iniciativa do TSE de fazer campanhas de esclarecimento ao eleitor, mas afirmou que “o exemplo escolhido pela agência publicitária retrata de maneira inadequada e ofensiva esta situação, comprometendo a educação da população, no que diz respeito à importância da prevenção e dos cuidados com saúde bucal”.
A propaganda em questão mostra uma paciente, que adormece na sala de espera do consultório dentário. Em seu sonho, o profissional responsável por atendê-la é procurado pela polícia por ter aplicado substâncias ilícitas em pacientes.
Em resposta enviada ao CRO-SP, o TSE informou que "não era intenção do Tribunal Superior Eleitoral divulgar visão distorcida do profissional de odontologia ou ofendê-lo". A Corte ainda afirmou que enviaria ofício pedindo a substituição dessa peça publicitária por outra, em que um eleitor "entrevista" um candidato e pergunta se ele tem bons antecedentes.
“Fica claro na propaganda que se trata de um ‘sonho’ em que o ator representa um falso dentista. Ao compararmos o falso profissional ao mau político, procuramos incentivar o eleitor a buscar as melhores opções, pesquisar o passado das pessoas nas quais ela deposita sua confiança”, informou o TSE.