Maceió tem apenas 17% de área de Mata Atlântica

SOS Mata AtlânticaCaminhão chegou a Maceió e ficará até o dia 05 de setembro

Caminhão chegou a Maceió e ficará até o dia 05 de setembro

Chegou nesta quarta-feira, 1º, a Maceió o projeto “A Mata Atlântica é aqui – exposição itinerante do cidadão atuante”, da Fundação SOS Mata Atlântica. Trata-se de um caminhão, totalmente adaptado pela ONG, que viaja por diversas cidades brasileiras com o objetivo de levar educação e conscientização ambiental para os lugares onde ocorre a Mata Atlântica.

Para isso, a equipe do projeto itinerante realizará, entre 01 e 05 de setembro, no Maceió Shopping, atividades gratuitas e destinadas ao público de todas as idades. Durante os cinco dias, serão realizadas: palestras, oficinas, monitoramento da qualidade da água do Riacho Salgadinho, jogos educativos, exibições de vídeos, exposições, maquetes interativas e outras atrações.

O horário de funcionamento do projeto é das 11h às 20h no primeiro dia, e das 10h às 20h nos demais. A iniciativa tem o patrocínio de Bradesco Cartões, Natura e Volkswagen Caminhões & Ônibus e apoio local da Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente, Maceió Shopping, Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) e do Batalhão da Polícia Ambiental de Alagoas. A SOS Mata Atlântica compensará as emissões de gases do caminhão por meio de plantios realizados pelo Programa Florestas do Futuro.

Esta é a primeira vez que o caminhão passa pela região Nordeste do Brasil, sendo este seu segundo ciclo anual. Nesta passagem, o projeto já visitou os estados Bahia e Sergipe. Alagoas é o terceiro estado nordestino a recebê-lo.

A visita a Maceió é importante, pois de acordo com os dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, elaborado em 2009 pela SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), restam hoje apenas 17% da Mata Atlântica que um dia cobriu toda a área do município. “A Mata Atlântica está diminuindo cada vez mais, e é o Bioma mais ameaçado do País. Hoje, restam apenas 7% da Mata Atlântica original brasileira, por isso, cada um precisa fazer sua parte para reverter o desmatamento dos seus remanescentes”, explica Camila Plaça, coordenadora do projeto. “Os números mostram que não se deve perder mais tempo, a hora de agir está passando. É imprescindível que a população faça sua parte, além de cobrar das autoridades locais uma fiscalização mais rígida e a criação de mais projetos contínuos e efetivos em prol da conservação ambiental”.

A equipe pretende reforçar que a conservação do meio ambiente contribui não só para a qualidade de vida, como também para a economia local. A água tratada de forma correta exige menor quantidade de produtos químicos para filtrá-la. O lixo eliminado de forma adequada facilita a reciclagem e possibilita menor extração de matéria prima da natureza.

A diminuição de áreas preservadas pode agravar catástrofes naturais como deslizamentos de terra e alagamentos, principalmente em territórios próximos às áreas urbanas, além de poder causar danos à população local. “Por isso, a ideia de levar educação ambiental às várias áreas do território brasileiro é tão importante. O desmatamento não ocorre apenas em metrópoles”, destaca Anderson Palmeira, biólogo e educador ambiental do projeto. “Assim, é dever da população cuidar do ambiente onde vive. Jogar o lixo no local adequado, economizar água e energia elétrica, tomar cuidado ao mexer com fogo, e, desta forma, contribuir com a cidade e com o planeta”, finaliza.

Fonte: Assessoria/SOS Mata Atlântica

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