Santa Casa e Instituto de Olhos: parceria para combater glaucoma

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A Santa Casa de Maceió e o Instituto de Olhos firmaram uma parceria para combater um mal que atinge mais de um 1 milhão de brasileiros: o glaucoma.

Durante todo o dia de hoje (2), das 8 horas às 18 horas, na antiga sala da Medicina do Trabalho da Santa Casa, oftalmologistas realizarão gratuitamente “testes de risco” da doença e medida da pressão ocular. O público alvo são os médicos, colaboradores e parceiros da instituição.

O glaucoma é uma doença silenciosa que se desenvolve lentamente sem que o paciente a perceba, caracterizada por lesão progressiva ao nervo óptico, órgão responsável por transmitir estímulos luminosos ao cérebro. O glaucoma causa alteração progressiva do campo visual, culminando com a cegueira irreversível caso não diagnosticada e tratada em tempo hábil.

De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), o tipo mais comum da doença é o glaucoma primário de ângulo aberto, considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a segunda causa mais frequente de cegueira irreversível em todo mundo.

Hoje, estima-se que existam 3 milhões de casos de cegueira irreversível causada por glaucoma e mais de 100 milhões de pessoas com aumento da pressão intra-ocular em todo mundo. A cada ano surgem 2,4 milhões de novos casos de glaucoma primário de ângulo aberto no mundo. Além dos testes, os médicos orientarão os colaboradores sobre os riscos da doença. O alerta é dirigido às pessoas com histórico familiar e acima de 40 anos.

Apesar da carência de dados epidemiológicos sobre o glaucoma no Brasil, mas buscando-se estimativas com base na literatura internacional, a prevalência de glaucoma primário de ângulo aberto foi referida como sendo de 1,86% na população acima de 40 anos. No Brasil, portanto, pode-se estimar que existam 1.216.608 portadores de glaucoma primário de ângulo aberto.

De etiologia desconhecida, há vários fatores de risco para desenvolver o glaucoma, sendo o mais frequente deles o aumento da pressão intra-ocular.

Outros grupos de risco têm maior propensão a desenvolver a doença, além das pessoas com pressão intra-ocular anormalmente elevada: pessoas com mais de 40 anos, pessoas com história familiar da doença, pessoas com descendência africana ou asiática e pessoas diabéticas, míopes, que façam uso prolongado de esteróides (corticóides) ou possuam lesões oculares anteriores.

Os descendentes africanos têm de duas a quatro vezes mais chances de desenvolver o glaucoma primário de ângulo aberto do que outros indivíduos, daí a importância de ações educacionais sobre a doença.

Doença pode ser controlada
O glaucoma não tem cura, mas pode ser controlado. Por isso, o diagnóstico precoce e o tratamento regular da doença são imprescindíveis para evitar a cegueira irreversível. A anomalia pode ser diagnosticada por meio de dois exames oftalmológicos de rotina: de tonometria, que mede a pressão intra-ocular, e de fundoscopia, que examina o fundo de olho para verificar se há alterações no nervo óptico e confirmado com exames mais complexos. O tratamento é realizado com colírios, medicação oral em curto prazo, cirurgias convencionais ou a combinação destes métodos.

O objetivo é manter a pressão intra-ocular em níveis baixos, impedindo lesões permanentes nas fibras nervosas que compõem o nervo óptico, levando-o à atrofia e por consequência à cegueira, esclarece a médica Oftalmologista.

Fonte: Ascom Santa Casa

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