Alagoas registra redução de casos de Dengue

Dados do Boletim Epidemiológico 33, divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), revelam que, há sete semanas consecutivas o Estado de Alagoas registra redução nos casos notificados de Dengue. Isso porque, na 27ª semana foram notificados 1.925 casos; na 28ª, 1.653; 647 na 29ª semana; 534 na 30ª; 339 na 31ª; 234 casos na semana passada (32ª) e 217 na atual, ou seja, na 33ª.

Essa queda, de acordo com o gerente do Núcleo de Controle de Agravos de Veiculação Hídrica, Charles Nunes, é o reflexo das ações que a equipe técnica da Sesau tem realizado nos 102 municípios alagoanos. O objetivo do trabalho desenvolvido é frear a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, responsável pela transmissão da doença, que já afetou 23.019 pessoas.

“Como 72% dos casos estão concentrados em apenas cinco dos 102 municípios, estamos intensificando as ações com os supervisores de campo, que percorrem as 13 microrregiões de saúde. Neste trabalho, que é realizado semanalmente, eles acompanham as atividades dos agentes de endemias, gerenciam as informações e dão suporte nas atividades de campo”, relatou Charles Nunes, ao frisar que, nos últimos dias, foram intensificadas as ações em todo o Estado, seja por meio da busca ativa dos focos ou da ação do carro fumacê.

Reforço – Ainda de acordo com Charles Nunes, a redução do número de casos notificados de Dengue comprova a importância do trabalho dos supervisores de área da Sesau, pois não existem vacinas ou medicamentos que evitem a contaminação. “Por isso, o trabalho destes profissionais é importantíssimo no combate ao Aedes Aegypti, já que apenas um mosquito pode infectar em média 300 pessoas”, reiterou o coordenador.

De acordo com ele, “daí a importância das visitas técnicas realizadas pelos supervisores de área, que verificam os bloqueios de transmissão sanitários e o tratamento químico com carro fumacê”, frisou, destacando também como importantes as visitas domiciliares para eliminação de criadouros do mosquito, atrelada à disseminação de orientações à população.

Charles Nunes chamou a atenção, no entanto, para que os gestores municipais priorizem ações de combate à Dengue. “É fundamental que os gestores municipais estejam sempre em alerta e viabilizem ações sócio-educativas, porque a proliferação do mosquito transmissor da doença tem relação direta com a limpeza de terrenos baldios, logradouros públicos e residências”, ressaltou.

Prevenção, sintomas e tratamento – O gerente informou, ainda, que a forma mais simples de prevenir a Dengue é evitar o nascimento do mosquito. Para isso, é preciso eliminar os lugares que eles escolhem para a reprodução e, por isso, se faz necessário não deixar a água limpa parada em qualquer tipo de recipiente.

“Quanto aos sintomas da doença, eles podem ocorrer com maior ou menor intensidade, mas, em regra geral, são febre aguda com duração de até sete dias, acompanhada de dor na cabeça, atrás dos olhos, nos músculos, nas juntas, prostração e vermelhidão no corpo. Se a pessoa apresentar esses sintomas deve procurar a consulta médica e não ingerir, indiscriminadamente, remédios à base de ácido acetil salicílico”, alertou.

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