‘Guerreiros de Maceió’ tentam permanecer em Jaraguá

Os artesãos do espaço Guerreiros de Maceió – localizado no bairro de Jaraguá, ao lado do Memorial da República – lutam para permanecer no local. Eles trabalham na área há quatro anos, desde que houve o incêndio no Espaço Cheiro da Terra, onde trabalhavam anteriormente.

Os artesãos estão sendo ameaçados de serem retirados da área, que pertence ao patrimônio da União, e por esta razão não poderiam continuar trabalhando no local. Depois do incêndio no Cheiro da Terra, os trabalhadores ocuparam o local de forma emergencial, mas como permaneceram no local por tanto tempo acabaram criando uma infraestrutura no local e virando tradição entre os turistas.

Além disto, os artesãos ajudam a manter as visitações do Memorial da República. Os próprios artesãos afirmam que a iniciativa deu certo na região. Porém, o prazo de permanência no local se expira nesta sexta-feira, dia 3 de setembro, que foi o prazo concedido pelo juiz da 3ª Vara da Justiça Federal, Paulo Machado Cordeiro.

Para tentar resolver o impasse, os artesãos estão reunidos – na manhã de hoje – com o secretário municipal de Planejamento, Márzio Duarte Delmoni. Conforme o titular da pasta, a Prefeitura Municipal tem se empenhado na busca por uma solução. Delmoni – entretanto – ressaltou que a área pertence a União e nunca se convenceu os técnicos para que os Guerreiros continuassem naquele local. “São questões de ordem jurídica”, frisou.

O secretário reconheceu ainda a importância do Guerreiros de Maceió na região, sobretudo para o Turismo e para a vida do próprio Memorial da República. “Eles trabalharem ali é unir o útil ao agradável e reforça uma parceria entre o Estado, com o Memorial, e o município”, colocou. Delmoni ressaltou também que se a Prefeitura conseguir a área será necessário a realização de um processo licitatório para a ocupação desta.

Conforme Zuleide Costa, do Conselho Fiscal da Associação dos Artesãos o local em que estão é privilegiado por estar dentro da rota turística. “Depois que construíram o Memorial da República melhorou muito, pois os visitantes do prédio sempre passam aqui e os compradores daqui, sempre vão ao museu. As excursões sempre passam por aqui, estamos dentro da rota turística. Todo o turismo receptivo aparece no Guerreiro de Maceió”, afirmou Zuleide, que confirmou o pagamento de R$ 1 por cada turista que é trazido pelos guias de turismo.

Uma nova área foi oferecida para a construção de barracas que possam abrigas os cem artesãos que hoje trabalham no ‘Guerreiros’, o novo espaço fica localizado ao lado do Instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Segundo Zuleide, foi pedido um novo prazo para todos possam ficar onde estão até a construção de novo local. De acordo com os artesãos, cerca de dez mil turistas passam pelo local, por mês, durante a alta temporada

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