Confuso e sem criatividade, Náutico perde invencibilidade em casa

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Do JC Online

Caiu o último mandante da Série B. Com um futebol confuso, sem criatividade e, é preciso reconhecer, limitado tecnicamente, o Náutico conheceu sua primeira derrota no Eládio de Barros Carvalho na competição nacional ao cair por 2×0 frente ao Duque de Caxias, nesta sexta-feira (10).

Com muitos desfalques na defesa, o técnico Alexandre Gallo preferiu improvisar na zaga a acionar um jogador da posição, porém sem experiência. E o escolhido para jogar ao lado de Wescley. O volante Marcelo ficou improvisado na lateral direita e César Prates mantido no lado esquerdo.

Sem especialista dos dois lados, o jogo do time pernambucano não poderia ser outro que não pelo meio. O problema é que mesmo com dois armadores, a criação ficou limitada a Giovanni. Erick Flores, deslocado para o ataque, pouco deu opção aos seus companheiros nos primeiros minutos.

Quando e ex-jogador do próprio Duque de Caxias "acordou", o Náutico criou sua melhor chance até então. Aos 24 minutos, numa troca de passes rápida, Erick Flores chutou de primeira, da meia-lua, obrigando Lopes a fazer difícil defesa. Enquanto o Náutico tentava encurralar o timbu em seu campo de defesa, o Duque de Caxias mostrou-se completamente voltado para a defesa, perdendo a oportunidade de aproveitar a pouca criatividade do Náutico.

Num raro contra-ataque em que conseguiu coordenar as ações, o time do Rio de Janeiro chegou com perigo pela primeira e única vez no primeiro tempo. Leandro Chaves tocou para Mancuso, sozinho, chutar fraco e em cima de Glédson, aos 29. E o primeiro tempo, insosso e completamente esquecível ficou nesses dois lances, pois nos 16 minutos seguintes nenhum dos dois times fez nada digno de registro.

O Náutico voltou para o segundo tempo com o atacante Evando. Porém, devido ao desgaste, um dos poucos jogadores que se destacou no primeiro tempo teve que sair: Giovanni. Não mudou muito porque a criatividade foi prejudicada – mais do que já estava.

Foi justamente no setor de criação que Gallo mexeu em seguida ao colocar Thiago Marim no lugar de Francismar. Mas, novamente, a mudança não surtiu efeito e foi o Duque de Caxias quem levou perigo primeiro. Aos 14 minutos, Somália desviou de leve para Leandro Chanves, Glédson fehcou o ângulo e tocou na bola, que saiu. Sete minutos depois não teve jeito. Somália repetiu a jogada pela direita e cruzou rasteiro. Leandro Chaves apareceu mais rápido e empurrou para o gol.

Não havia outra alternativa a não ser mandar o time para cima. Thiaguinho entrou no lugar de Erick Flores. Mas quem rendeu ofensivamente foi o time visitante. Aos 20 minutos, Somália foi lançado pela direita e cruzou rasteiro. Leandro Chaves apareceu no meio e completou para dentro.

Oito minutos depois, o posicionamento do ataque do Duque de Caxias repetiu. E o resultado também. Na cobrança de falta, Somália, pela direita, ajeitou de cabeça e Leandro Chaves entrou pelo meio e fez 2×0. O Náutico sentiu o golpe e a torcida também: parte dela foi embora e quem ficou vaiou o time, gritou olé na troca de passes do adversário e tocou a marcha fúnebre nas arquibancadas.

O Duque ainda poderia ter feito mais. Leandro Chaves bateu falta no travessão e somália, livre, cabeceou nas mãos de Glédson. Wesclay perdeu a cabeça, pisou um adversário e foi expulso.

Ficha do jogo:

Náutico: Glédson; Marcelo, Rodrigo Pontes, Wescley e César Prates; Hamilton, Élton, Giovanni (Evando) e Francismar (Thiago Marim); Erick Flores (Thiaguinho) e Geílson. Técnico: Alexandre Gallo.

Duque de Caxias: Lopes; Marquinho, Gustavo (Bruno Costa), Édson e Gleidson (Amaral); Chaves, Mancuso, Leandro Teixeira e Leandro Chaves; André Luis e Somália (Léo Guerreiro). Técnico: Gilson Kleina.

Local: Aflitos. Árbitro: Italo Medeiros de Azevedo (RN). Assistentes: Clistenis Juny de Souza Alves (RN) e Marco Antônio Martins (SC). Gols: Leandro Chaves, aos 20 e 28 do segundo tempo. Cartões amarelos: César Prates, Leandro Chaves e Gleidson. Expulsões: Wesclay e André Luís.

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