Inter encerra invencibilidade vascaína e segue no cangote dos líderes

(Foto: Lucas Uebel / VIPCOMM)Edu comemora gol do Inter contra o Vasco

Edu comemora gol do Inter contra o Vasco

Colorado ganha por 1 a 0, com gol de Edu, e termina com a série de 14 jogos sem derrotas do Vasco. PC Gusmão perde após 21 partidas.

O Inter funga no cangote dos líderes, solta o bafo vermelho no pescoço deles, avisa que está vivo. Dominado pelo Vasco no primeiro tempo, o Colorado encerrou neste domingo a invencibilidade de 14 jogos do time carioca no Campeonato Brasileiro com uma vitória por 1 a 0, gol de Edu logo na largada da etapa final. O resultado também representou o fim da série de 21 jogos sem derrotas do técnico vascaíno, PC Gusmão, que também não havia sido derrotado quando comandava o Ceará, antes da parada para a Copa.

A vitória elevou o Inter a 38 pontos, na quarta colocação, seis pontos atrás do Corinthians, líder momentâneo do Brasileirão – que pode ser ultrapassado pelo Fluminense, dependendo do resultado do clássico contra o Flamengo, às 18h30m. O Vasco fica mais longe do G-4. É o 11º, com 29 pontos. As duas equipes voltam a campo na quarta-feira. O Inter visita o Atlético-PR na Arena da Baixada. O Vasco duela com o Botafogo no Engenhão.

Luvas vencem as chuteiras

Esteve coberta por luvas a razão do 0 a 0 no primeiro tempo. Tudo parou nas mãos dos dois goleiros, especialmente de Renan, bombardeado por um Vasco visivelmente superior ao Inter. Fernando Prass, do outro lado, abafou as poucas chances criadas pelo time vermelho. Foram 45 minutos de futebol vivo. Faltaram só os gols.

Renan, substituído por Abbondanzieri, saiu de campo tonto no final do primeiro tempo. Foi por causa de uma pancada na cabeça, mas bem que poderia ter sido em função de excesso de trabalho. O goleiro colorado teve que voar de um lado a outro para evitar os gols do Vasco. Defendeu pancadas de Rafael Coelho, de Felipe Bastos, de Fagner. E fez defesa sobrenatural em uma martelada de Nilton (veja no vídeo acima). Foi em cobrança de falta da entrada da área. A bola passou feito um foguete pela barreira e foi na direção do gol. Renan defendeu a meta do Inter e a própria vida. Se aquela bola batesse na cabeça dele, o goleirão estaria voando até agora…

Quando o camisa 1 colorado não impediu os gols do Vasco, os próprios jogadores do time carioca o fizeram. Não tem explicação a chance perdida por Rafael Coelho. Fagner cruzou da direita, a bola passou por Renan (já tonto da pancada na cabeça) e entrou na rota feita pelo atacante cruzmaltino na direção do gol. Ele se atirou nela e, sem goleiro, perdeu um gol que até o pastor alemão conduzido pelos policiais na beira do campo faria. Incrível.

O Vasco, em grande tarde de Rafael Carioca, controlou o meio-campo do Inter, que perdeu consistência com as ausências de Tinga e Giuliano. Andrezinho e Edu não foram mal, mas ficaram sem a coordenação de movimentos que o setor tem com todos os titulares. Os colorados erraram muitos passes, especialmente com Wilson Matias, muito atrapalhado em campo. Kleber também esteve mal na esquerda. Guiñazu tentou muito e acertou pouco. E o Inter, como consequência, foi pobre em campo.

O time de Celso Roth só foi alimentado por D’Alessandro no primeiro tempo. O argentino, pela direita, incomodou, chamou faltas, partiu a dribles para cima dos marcadores. E teve duas boas chances. Foram duas conclusões parecidas, cruzadas, altas, buscando o ângulo inverso, o lado direito de Fernando Prass. E o goleiro salvou as duas.

Edu renasce: Inter 1 a 0

Antes que o Vasco pudesse sonhar com a repetição do desempenho do primeiro tempo, o Inter largou na frente. Mais do que um gol, foi uma ressurreição. Edu, com dois minutos de jogo no segundo tempo, aproveitou cruzamento de D’Alessandro (sempre ele), foi mais ágil do que o zagueiro Fernando e tocou para o fundo do gol. Escanteado no Beira-Rio, criticado pela torcida, sempre em vias de deixar o clube, Edu ergueu os braços para o céu. Foi um gol decisivo para ele.

O Inter mudou no segundo tempo. D’Alessandro caiu mais pelos lados, e Edu se aproximou de Damião no ataque. O Vasco, depois do gol, apelou para as substituições. Pouco representaram as entradas de Jonathan no lugar de Rafael Coelho e de Max na vaga de Ramon. O time carioca não tinha o mesmo rendimento de antes.

O Inter cozinhou o jogo em água morna. A cota de chances de gols foi gasta pelo Vasco no primeiro tempo. Na etapa final, os cariocas foram bem mais modestos. A melhor oportunidade de empatar o jogo foi desperdiçada pelos visitantes. Jonathan, na pequena área, concluiu para fora após cruzamento de Zé Roberto.

Roth ainda mexeu no ataque vermelho. Everton mais atrapalhou do que ajudou ao entrar no lugar de Leandro Damião. Marquinhos pouco fez ao substituir Edu. O jogo não teve grandes agitações até o apito final – o decreto definitivo de que está encerrada a invencibilidade do Vasco e o aviso concreto de que o Inter vai incomodar os líderes.

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