Palestras, oficinas teatrais, apresentações de vídeos e slides sobre violência contra a mulher alagoana dão início ao projeto “Violência de gênero: informar é prevenir”, que irá acontecer nesta quarta-feira (22), das 9 às 11 horas, no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Sônia Sampaio, no Vergel do Lago. Este mesmo bairro irá receber o projeto no próximo dia 29 e no dia 06 de outubro, no mesmo horário.
O projeto foi idealizado pelo Núcleo de Atendimento à Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar da Defensoria Pública de Alagoas em parceria com os Centros de Referência da Assistência Social de Maceió, que tem como objetivo fomentar ações e atividades que possam contribuir para a prevenção da violência contra a mulher nos bairros onde existe o maior número de casos de agressões.
Além do bairro mencionado, as regiões do Clima Bom I e II e Jacintinho também serão contemplados pelo projeto até o final do ano. Cada uma das comunidades receberá três dias do serviço. As demais comunidades e centros de referência, nas semanas subseqüentes, com datas ainda a serem definidas.
De acordo com a coordenadora do Núcleo e defensora pública, Daniela Times, as ações apresentadas no projeto “Violência de gênero: informar é prevenir” são de importância na prevenção e combate à violência. “Encontramos no projeto a forma de levar às comunidades atingidas informações quanto às interfaces da violação de Direitos Humanos, além de orientações acerca de mecanismos de atendimento e apoio às vítimas e seus familiares”, explica a defensora.
“É preciso divulgar mais sobre a Lei Maria da Penha, em vigor desde 2006. Ela estabeleceu que a violência doméstica e familiar praticada contra mulheres constitui uma das formas de violação dos Direitos Humanos e por isso trouxe uma série de instrumentos para preveni-la, para assegurar assistência à vítima, bem como, para punir rigorosamente os agressores”, afirma
Segundo a defensora pública, a violência de gênero é um fenômeno mundial – que atinge mulheres em todas as idades, graus de instrução, classes sociais, raças, etnias e orientação sexual – e que tem aspectos físicos, sexual e psicológico.
“A violência de gênero pode se revelar de várias formas. Como desigualdade salarial, assédio sexual no trabalho, o uso do corpo da mulher como objeto (campanhas publicitárias) e no tráfico nacional e internacional de mulheres” explica.
Quanto à escolha dos bairros que receberão o projeto, ela ressalta que foi baseada em pesquisas realizadas pelos Poderes Públicos, de que Jacintinho, Clima Bom e Vergel do Lago são três dos cinco bairros de maior índice de violência familiar e doméstica cometido contra a mulher.
“A expectativa é de que até o final do ano, todos esses bairros serão visitados e receberão os serviços do núcleo de forma célere”, pontua a defensora.